sábado, 2 de abril de 2011

SOBRE O FENÔMENO DE MATERIALIZAÇÃO

Recebi um comentário com algumas questões em uma das postagens de nosso blog. Infelizmente, não havia um email para onde eu pudesse enviar a resposta. Dessa forma, como julgamos as questões pertinentes, resolvemos postar publicamente para que a resposta seja compartilhada.

Perguntas: PODEMOS MATERIALIZAR QUALQUER COISA? A PESSOA TEM QUE TER UMA MORAL ELEVADA? ONDE VEM A ORDEM DE PODER MATERIALIZAR UM ESPÍRITO?

Qualquer resposta que eu possa dar estará embassada pelo meu próprio ponto de vista, e nunca conseguiremos, por maior que seja o trabalho desenvolvido, abranger de modo completo esse tipo de questão. Primeira recomendação que se faz a um Espírita é o estudo, a reforma íntima e o bom senso.

O termo ectoplasmia foi criado por Charles Richet, prêmio nobel de medicina, enquanto estudava fenômenos de materialização e efeitos físicos. Nós poderemos ter fenômenos de uma enorme variedade, desde deslocamento e transporte de objetos, até mesmo escrita, pintura, fotografia ou aparições visuais. Talvez o ponto máximo das experiências estudadas entre o fim do século XIX e início do século XX por eminentes intelectuais e cientistas, tenha sido os fenômenos onde os espíritos se materializavam e se colocavam a disposição para observações e experiências.

Esse fenômeno raro tem destaque nos textos do químico e físico, William Crookes, vencedor do Prêmio Nobel de Química, quando ele teve a possibilidade por quase três anos de travar relações muito amistosas com a médium Florence Cook. Através de Florence o espírito de Katie King se manifestava semanalmente, prestando-se as mais rigorosas experiências. Apesar de sua dedicação, não deixou de enfatizar que tais oportunidades eram em prol de um benefício maior, e para ela se constituia em um sacrifício. Sentia-se na condição de pássaro liberto que precisava retronar a gaiola, tal era a desagradável sensação que a matéria nela produzia.

Na realidade, os fenômenos de efeitos físicos são produzidos, em sua maioria, por espíritos de acanhada envergadura moral e intelectual. Acabam sendo instrumentos de outros espíritos que compreendem melhor o fenômeno e seu modo de produção, mas se valem de companheiros mais apegados ao mundo material para a produção de fenômenos. A moral elevada é o filtro de que devemos nos armar em qualquer atividade diária, nas questões mediúnicas ela é a facilitadora do processo, pois seleciona o nível intelectual e moral dos desencarnados que estarão ao nosso lado.

Os fenômenos de efeitos físicos tiveram seu auge no passado. Atualmente, com o desenvolvimento das ciências e da filosofia espírita se tornaram menos comuns, mesmo raros, pois, apesar de nossa natural curiosidade, já compreendemos que mais importante do que se divertir com a fenomenologia é imprescindível conhecer seus resultados e conseqüências morais e filosóficas e implicações disso em nossas vidas. O médium, seja qual for o fenômeno executado através dele, depende dos espíritos que o acessoram, pois são estes últimos que conhecem as minúncias do processo e a viabilidade de executá-los. A mera curiosidade nunca será boa companhia, já a seriedade e disposição de servir ao próximo nos colocará sempre sob a guarida de amigos espirituais dedicados.

Espero ter ajudado. Aconselho a leitura de outros textos no blog onde já tratamos do mesmo tema. Se quiser ir mais a fundo, pode procurar os livros de Alexandre Aksakof, Gabriel Dellane e William Crookes.

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