terça-feira, 25 de outubro de 2022

Voltando a escrever


Estamos diante de um simples exercício de sintonia. Onde médium e comunicante desencarnado buscam o entrosamento para realizar tarefas mais robustas. A mediunidade, como sensibilidade, tem características inerentes ao estado biológico e evolutivo da espécie humana, mas como diferentes aspectos de nosso organismo também necessita de aprimoramento efetivo. O que buscamos realizar através de treino e prática, o candidato ao mediunato vai melhorando a capacidade de recepção. Isso se dá em duas mãos, pois o próprio desencarnado igualmente precisa de prática no exercício de se comunicar com o mundo dos encarnados. Se o sensitivo fica por determinado tempo afastado de atividades de intercâmbio mediúnico é prudente reiniciar o processo gradualmente, buscando primeiramente harmonia íntima (que será sempre uma luta constante contra si mesmo e as coisas que perturbarão sua tranquilidade na vida cotidiana), a disciplina do compromisso, o exercício de tornar a mente um campo límpido para que reflita as ideias de terceiros (no caso do espírito comunicante). Não existe trabalho ou legado mediúnico sem compromisso e prática constante. 
Em si, a busca por essas melhores condições de comunicação entre ambientes psíquicos é um bálsamo para a atmosfera íntima do encarnado. Disciplina, bons hábitos mentais, aprender a apaziguar a intimidade é um legado, um aprendizado que se tornará um hábito e se refletirá na vida diária atual e de além túmulo.
Por isso, sigamos sempre nos exercitando...
Com a benção de Deus.
Frei.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Buscar a paz interior

As pessoas são tocadas por diversas influências, pode ser uma inclinação boa ou ruim por conta dos próprios pensamentos, ou inspirada pelo que ouviram ou escutaram no rádio ou na televisão. A leitura de um bom livro, uma boa música, tudo isso altera nosso estado de espírito. Situações desagradáveis em família ou no trabalho, conversas construtivas ou vulgares estabelecendo sintonia e convergindo numa atmosfera interior própria a cada um de nós. Os pensamentos que chegam até nós, quer percebamos isso ou não, tem correlação direta com nosso estado interior, e, crescendo em escala, geram um estado emocional coletivo. 
Se a angústia e a ansiedade se espalham entre a sociedade atual é porque não compreendemos ainda nossa própria sensibilidade e as vigorosas relações de influências mútuas em que interagimos. Que bem faria uma boa leitura, acalmar os pensamentos ou direcioná-los a nobres intenções. A compaixão para com os outros é um excelente seguro para nossa saúde interior. Aprender a tranquilizar o espírito através de bons hábitos nos traz sobriedade nos momentos de dificuldade. 

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Esperança e oportunidade


Vivemos um período de mudanças, de revoluções, guerras e sofrimento. os corações angustiados nos levam a crises de ansiedade, infestando as clínicas médicas de doentes psicológicos, levando a crises de pânico, depressões e suicídios. Sim, é verdade, o panorama parece sombrio. 
Nesse contexto surgem os "falsos profetas", falsos pensadores, falsos religiosos e falsos líderes sociais e políticos. Onde existe ganância e disputa por dinheiro e poder sempre haverá egoísmo e sofrimento. Esse é o resultado das escolhas humanas, a história de nosso passado e presente. Hoje não é pior que ontem. Ou alguém pensa que os massacres romanos, egípcios, assírios, japoneses, alemães, americanos, etc. eram menos doloridos? A questão toda é de perspectiva.
A humanidade não mudou em sua busca por poder e dinheiro, nem deixou de usar mentiras e manipulações, e o resultado disso sempre será o sofrimento. E a consequência será sempre o acúmulo de dívidas morais, individuais e coletivas. É assim que o mundo progride, aproveitando-se da imperfeição de muitos, alguns espíritos ascendem moralmente, sofrendo resignados, dotados de compaixão, compreendendo que o mal existe através da falhas humanas, mas que Deus permite que essas situações sirvam de trampolim para aqueles que não se desesperam e mantém a senda do bem e do amor ao próximo. 
Portanto, seja a vela a iluminar a escuridão ao seu redor, não caindo em desespero, não se revoltando com os erros de companheiros inexperientes. Em tudo há harmonia, mesmo onde parece vigorar o caos. As tempestades sempre passam. O importante é não agasalhar a tempestade exterior dentro de si.
Fiquemos em paz!

quinta-feira, 10 de março de 2022

Em tempos de crise


O atual momento nos conclama a uma reflexão. A guerra é sempre um distúrbio coletivo, que leva a humanidade a expor seu aspecto mais primitivo. Não apenas a violência, mas também os julgamentos públicos patrocinados pela mídia, a opinião pública tomando partido sem ter base criteriosa, um verdadeiro surto, cegando e endurecendo corações.
Alguns espíritas, por desconhecimento ou levados por opiniões rasas de outros espiritas, as vezes, se posicionam, tomam partido ante a crise. Atualmente isso tem ocorrido em qualquer situação, eleições, guerras, programas de televisão. Lembrem que o Espiritismo jamais condena pessoas ou povos, culturas ou crenças. O dever do Espirita é acolher o sofredor, esclarecer o sedento de luz, não apontar o dedo e julgá-lo. Muitas vezes o silêncio é melhor conselheiro. Estimular a fraternidade, o amor ao próximo, o acolhimento, continua sendo a melhor maneira de contrariar o egoísmo, a raiva e a frustração. 
Portanto, espíritas, em momentos de crise, rezem, estendam as mãos, ajudem, mas jamais condenem ou usem o espiritismo para tomar algum partido que não seja a fraternidade e o amor ao próximo, independente das convicções dos indivíduos. Nós condenamos o mal, jamais aquele que o prática.