RAFAEL DE FIGUEIREDO
Nasci em São Leopoldo/RS no ano de 1980. Ao que me contam, desde pequeno sempre espantei meus pais com relatos de conteúdo mediúnico. Os fenômenos variavam em especificidade e intensidade. E durante a infância nunca cessaram de acontecer. Sem entendimento, minha família se viu na contingência de procurar orientação e o fez através de amigos espíritas. Durante a adolescência a intensidade das manifestações mediúnicas diminuiu, mas jamais deixaram de acontecer.
Talvez o momento emblemático tenha sido por volta dos vinte anos, quando as manifestações voltaram a se intensificar. Com o senso crítico mais bem desenvolvido e desde pequeno amante da literatura, acabei me interessando por algumas obras espíritas. Que mais aguçaram minha curiosidade natural, e acabei por perceber que o que acontecia comigo antes de ser ruim era uma oportunidade valiosa que decidi não querer desperdiçar. Passei freqüentar o Grupo de Estudos Espírita Irmão Áulus localizado bem próximo de onde residia.
Quando lá cheguei já havia lido as obras básicas de Allan Kardec e após comentar as manifestações mediúnicas que aconteciam comigo com bastante freqüência fui convidado a permanecer no mesmo dia no grupo de estudos. Não demorou a que me visse integrado ao grupo em plena atividade. Habituado a leitura, certa noite, ao revisar um texto de A Gênese, de Allan Kardec, forte vontade de escrever me impulsionou a tomar lápis e papel. Imaginando não escrever nada além de reflexões pessoais, fui aos poucos tendo que pegar mais folhas em branco e ao final senti forte torpor em toda minha cabeça.
Essa ocorrência se repetiu mais algumas noites até que espontaneamente, sem que houvesse comentado o fato, fui estimulado através da mediunidade de outro companheiro de agrupamento mediúnico a me dedicar à atividade de psicografia. Durante dois anos me vi matriculado em intensa atividade de aprendizado, onde pude constatar a presença de pelo menos doze espíritos diferentes que me exercitavam na recepção mediúnica ao mesmo tempo em que muitos deles também aprendiam a se utilizar de um médium.
Terminada essa primeira etapa de preparação, passei a escrever uma obra que fluía com bastante naturalidade. Quando a obra encontrava-se em pleno desenvolvimento vim conhecer o nome do autor. Foi a primeira vez que ouvi falar no nome de François Rabelais, para mim até então um completo desconhecido. Esse mesmo espírito emendou de imediato uma segunda obra.
Apesar do intenso trabalho que a elaboração de suas obras me exige tenho podido contar com intensa supervisão do espírito Frei Felipe que me orienta no aprendizado, me preparando para que alcance as devidas condições de recepção que as obras mediúnicas exigem. Frei Felipe tem se mostrado um tutor que com maestria sabe se fazer discreto sem jamais se fazer ausente, mesclando afabilidade e energia quando as situações assim exigem.
Além das tarefas literárias e palestras no Brasil e exterior, seguimos publicando nos dois blogs que mantemos em quatro idiomas (Português, Francês, Inglês e Russo) com o objetivo de divulgar a Doutrina Espírita. Temos perfis específicos no Facebook e Twiter voltados para divulgação e discussão dos temas abordados nos dois blogs, inclusive grupos de discussão em português e russo. Pelo fato de ser casado com uma cidadã russa temos arregimentado esforços no sentido de auxiliar no desenvolvimento do movimento espírita nos países russofônicos, estabelecendo uma rede de contatos e trocando correspondências.
Em breve teremos novidades com a publicação de novos trabalhos literários. Os direitos autorais dos livros são integralmente doados a instituições de amparo à infância.
Fraterno abraço.
Rafael