quinta-feira, 10 de março de 2022

Em tempos de crise


O atual momento nos conclama a uma reflexão. A guerra é sempre um distúrbio coletivo, que leva a humanidade a expor seu aspecto mais primitivo. Não apenas a violência, mas também os julgamentos públicos patrocinados pela mídia, a opinião pública tomando partido sem ter base criteriosa, um verdadeiro surto, cegando e endurecendo corações.
Alguns espíritas, por desconhecimento ou levados por opiniões rasas de outros espiritas, as vezes, se posicionam, tomam partido ante a crise. Atualmente isso tem ocorrido em qualquer situação, eleições, guerras, programas de televisão. Lembrem que o Espiritismo jamais condena pessoas ou povos, culturas ou crenças. O dever do Espirita é acolher o sofredor, esclarecer o sedento de luz, não apontar o dedo e julgá-lo. Muitas vezes o silêncio é melhor conselheiro. Estimular a fraternidade, o amor ao próximo, o acolhimento, continua sendo a melhor maneira de contrariar o egoísmo, a raiva e a frustração. 
Portanto, espíritas, em momentos de crise, rezem, estendam as mãos, ajudem, mas jamais condenem ou usem o espiritismo para tomar algum partido que não seja a fraternidade e o amor ao próximo, independente das convicções dos indivíduos. Nós condenamos o mal, jamais aquele que o prática.