quarta-feira, 21 de agosto de 2013

VAZIO EXISTENCIAL E EXPOSIÇÃO ÍNTIMA

Ao longo do progresso da individualidade o espírito transita por diferentes situações existenciais. Considerando que o desenvolvimento de nossa civilização ainda carece de aprimoramento moral seria natural compreender nossa incapacidade de amar e compreender nossos companheiros de jornada. Essa carência afetiva, que se manifesta de modo generalizado na espécie humana não sofre influência apenas da falta de afeto durante a infância, ela tem origens mais profundas e complexas do que as ciências do comportamento supõem.

Vivemos um período de massificação dos meios de comunicação, nunca antes a exposição da vida pessoal esteve tão em voga. Todos temos facilidades de encontrar um meio de registrar nossa tristeza e aspirações frustradas. Estes episódios têm pululado as redes sociais, e se tornaram tão comuns que é fácil encontrar pessoas relatando abertamente suas desilusões amorosas, escancarando todos os seus complexos e suscetibilidades. Essa exposição de nossa intimidade, que surge como um ato de desequilíbrio, uma fraqueza momentânea escancara toda nossa carência.

Essa mesma carência é um sinal de imaturidade emocional, mas não podemos ser condenados por essa fraqueza por diversas razões. Quando uma individualidade, quer apresente um traço de personalidade nesse sentido ou apenas sofra momentaneamente desse mal, tende a buscar a aprovação alheia, quase como um pedido de socorro, rasga o próprio peito declamando aos quatro cantos o quanto se sente infeliz e frustrado(a). Na mediunidade essa fraqueza tem implicações perigosas, pois faz do médium um alvo de espíritos para fácil manipulação e vamos certamente encontrar interpretes dos espíritos dispostos a tudo fazer para agradar os ouvintes. Seguidamente usa-se uma falsa habilidade mediúnica para explorar e preencher esse vazio com a admiração e aprovação alheia.

Entretanto, nosso objeto de reflexão não é exatamente sobre esse tema. Pretendemos focar na questão dos relacionamentos afetivos. Porque tamanha desilusão? Porque o lamento de inúmeras criaturas que se dizem infelizes no relacionamento afetivo, seja essa relação heterossexual ou homossexual? Onde está o ponto nevrálgico dessa infelicidade?

Passa pela carência? Sim, ela também contribui. Porém, tem relação muito mais intrincada com egoísmo. Que num conjunto de comportamentos equivocados nos fragiliza e não permite avaliar o panorama geral em que nos encontramos e nos faz julgar as coisas com precipitação e imaturidade emocional. Estamos vivendo um período onde a liberdade do indivíduo e as facilidades promovidas pela modernidade vem sendo confundidas com o gozo e adoção de um estilo de vida excessivamente individualista.

Esse individualismo, essa forma mutada de egoísmo, faz com que as pessoas estejam pouco dispostas a alterar seus planos pessoais para incluir neles e, invariavelmente, adaptar-se aos planos de outra pessoa, o que tende a ser à base de um relacionamento afetivo normal. Todo indivíduo quer ter os prazeres de uma relação afetiva sem os deveres e momentos de compreensão que essa mesma situação exige. No mundo real não temos príncipes encantados, nem esposas perfeitas capazes de tudo fazer para agradar. Machismo e feminismo se digladiam medindo forças incapazes de encontrar um ponto de acordo. É preciso compreensão e paciência, pois somos atualmente incapazes de compreender o progresso incutido na relação íntima de um casal para se ter alguma harmonia. Esse exercício promotor do altruísmo e da nossa capacidade de ceder, demonstrando maturidade psicológica, vendo sendo colocado de lado.

Nossa sociedade de jovens incapazes de se relacionar, querendo ver seus desejos atendidos sem para isso nada cederem em contrapartida nos vem inquietando. Estaremos criando uma sociedade excessivamente egoísta formada por indivíduos incapazes do ato de compreensão? Essas questões são muito regionalizadas, mas o modo de vida do mundo moderno muito nos preocupa nesse sentido. Ante esse panorama fica fácil compreender o motivo de tantas criaturas escancararem seu profundo vazio de forma pública. Sequer compreendem que eles mesmos quando se lamentam demonstram que não estão dispostos a se relacionar com outra pessoa, querem ver diante de si o reflexo de suas expectativas, não a realidade. Quase sempre movidos pela imaturidade emocional.

E não é uma questão de solução fácil, pois está entranhada no progresso da individualidade. Que deve amadurecer por esforço próprio e não o fará sem o concurso do tempo. Entretanto, valores como a família e a maternidade precisam ser resgatados com urgência. Já que ninguém avança sem doação de amor. E amar não significa satisfação e prazer, mas entrega, compreensão e doação integral.

Pelo espírito A.

21.08.2013

sábado, 10 de agosto de 2013

O QUE A FÍSICA QUÂNTICA TEM A VER COM O ESPIRITISMO?

Estamos compartilhando o link da entrevista que o físico Alexandre Fontes da Fonseca concedeu ao Correio Fraterno. Respeitando a autoria evitamos copiá-la em nosso blog e remetemos os leitores ao site onde consta a entrevista na íntegra. Boa leitura!

http://www.correiofraterno.com.br/nossas-secoes/14-entrevista/1279--o-que-a-fisica-quantica-tem-a-ver-com-o-espiritismo