sábado, 28 de maio de 2011

Société d'égoïstes

Qui est-ce qui cause la plus grande partie des maux de la terre, si ce n'est le contact incessant des hommes méchants et pervers ? L'égoïsme tue la bienveillance, la condescendance, l'indulgence, le dévouement, l'affection désintéressée, et toutes les qualités qui font le charme et la sécurité des rapports sociaux. Dans une société d'égoïstes, il n'y a de sûreté pour personne, parce que chacun, ne cherchant que son intérêt, sacrifie sans scrupule celui de son voisin. Beaucoup de gens se croient parfaitement honnêtes parce qu'ils sont incapables d'assassiner et de voler sur les grands chemins ; mais est-ce que celui qui, par sa cupidité et sa dureté cause la ruine d'un individu et le pousse au suicide, qui réduit toute une famille à la misère, au désespoir, n'est pas pire qu'un assassin et un voleur ? Il assassine à petit feu, et parce que la loi ne le condamne pas, que ses pareils applaudissent à son savoir faire et à son habileté, il se croit exempt de reproches et marche tête levée ! Aussi les hommes sont-ils constamment en défiance les uns contre les autres ; leur vie est une anxiété perpétuelle ; s'ils ne craignent ni le fer, ni le poison, ils sont en butte aux chicanes, à l'envie, à la jalousie, à la calomnie, en un mot à l'assassinat moral. Que faudrait-il pour faire cesser cet état de choses ? Pratiquer la charité ; tout est là, comme dit Lamennais.

Allan Kardec, Revue Spirite, juillet 1865.

O Filme dos Espíritos

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domingo, 22 de maio de 2011

ELES VIVEM

Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.

Eles não morreram.

Estão vivos.

Compartilham-te as aflições, quanto te lastimas sem consolo.

Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.

Eles sabem igualmente quanto dói a separação.

Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciastes, quando não mais conseguiam responder às interpelações que articulaste no auge da amargura.

Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou a tua dor.

Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles, e quase sempre se transformam em cirineus da ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateias a lousa ou lhes enfeita a memória perguntando porque...

Pensa neles com a saudade convertida em oração.

As tuas preces de amor representam acordes de esperanças e devotamento, despertando-os para visões mais altas da vida.

Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás consigo por infatigáveis zeladores de teus dias.

Se muitos deles são tem refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.

Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da existência no plano material...

Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de novo despertar.

EMMANUEL

Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, na noite de 20 de setembro de 1974 em Uberaba/MG.

sábado, 14 de maio de 2011

VICTOR HUGO

"Amar é viver além da vida. Sem esta fé, nenhum dom perfeito do coração seria possível; amar, que é o objetivo do homem, seria o seu suplício. O paraíso seria o inferno. Não! digamos bem alto, a criatura amante exige a criatura imortal. O coração necessita da alma".

“O prodígio desta grande partida celeste, que chamam morte, é que os que partem não se afastam. Estão num mundo de claridade, mas assistem, como testemunhas enternecidas, ao nosso mundo de trevas… Estão no alto, e muito perto. Ó, quem quer sejais, que vistes desaparecer na tumba um ente querido, nãos vos julgueis abandonados por ele. Está sempre lá. Está ao vosso lado mais do que nunca. É um erro acreditar que tudo se perde na obscuridade desta fossa aberta. Aqui tudo reaparece. O túmulo é um lugar de restituição. Aqui a alma retoma o infinito, aqui ela readquire sua plenitude.

Essas palavras foram ditas por Victor Hugo durante o enterro de uma jovem em seu exílio em Guernesey.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

MÉDIANIMITÉ DE L’ENFANCE

Médianimité de l'enfance.
(Société de Paris, 6 janvier 1865. - Médium, M. Delanne.)


Lorsque, après avoir été préparé par l'ange gardien, l'Esprit qui vient s'incarner, c'est-à-dire subir de nouvelles épreuves en vue de son amélioration, alors commencent à s'établir les liens mystérieux qui l'unissent au corps pour manifester son action terrestre. Là est toute une étude, sur laquelle je ne m'étendrai pas ; je ne vous parlerai que du rôle et de la disposition de l'Esprit pendant la période de l'enfance au berceau. 

L'action de l'Esprit sur la matière, dans ce temps de végétation corporelle, est peu sensible. Aussi les guides spirituels s'empressent ils de profiter de ces instants où la partie charnelle n'oblige pas la participation intelligente de l'Esprit, afin de préparer ce dernier, de l'encourager dans les bonnes résolutions dont son âme est imprégnée. 

C'est dans ces moments de dégagement que l'Esprit, tout en sortant du trouble où il a dû passer pour son incarnation présente, comprend et se rappelle les engagements qu'il a contractés pour son avancement moral. 

C'est alors que les Esprits protecteurs vous assistent, et vous aident à vous reconnaître. Aussi, étudiez la figure du petit enfant qui dort ; vous le voyez souvent « sourire aux anges », comme on dit vulgairement, expression plus juste qu'on ne pense. Il sourit en effet aux Esprits qui l'entourent et doivent le guider. 

Voyez-le éveillé, ce cher petit ; tantôt il regarde fixement : il semble  reconnaître des êtres amis ; tantôt il bégaye des mots, et ses gestes  joyeux semblent s'adresser à des figures aimées ; et comme Dieu n'abandonne jamais ses créatures, ces mêmes Esprits lui donnent plus tard de bonnes et salutaires instructions, soit pendant le sommeil, soit par inspiration à l'état de veille. De là vous pouvez voir que tous les hommes possèdent, au moins à l'état de germe, le don de médiumnité. 

L'enfance proprement dite est une longue suite d'effets médianimiques, et si des enfants un peu plus avancés en âge, lorsque  l'Esprit a acquis plus de force, ne craignaient pas parfois les images des premières heures, vous pourriez beaucoup mieux constater ces effets. 

Continuez à étudier, et chaque jour, comme de grands enfants, votre  instruction grandira, si vous ne vous obstinez pas à fermer les yeux sur ce qui vous entoure.

UN ESPRIT PROTECTEUR.

Revue Spirite, fevrier 1865.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

JUSTIÇA OU VINGANÇA?

Não precisamos ter uma grande capacidade de observação para perceber que nossa sociedade toma rumos perigosos. A televisão essa semana está pródiga de exemplos nesse sentido. A exaltação a violência, o culto ao revanchismo e vingança pessoal.

Vamos aos casos para uma análise mais detalhada.

Um motorista de ônibus, contratado pela prefeitura municipal do interior de um estado brasileiro, conduz um ônibus velho e sem condições de segurança até sofrer um acidente onde desencarnam várias crianças. Não vamos discutir as razões desse desencarne coletivo, sabemos que nada acontece sem uma justa razão, entretanto, não desejo abrir margem a especulações. A lógica nos faz compreender que o motorista não teve a intenção de matar essas crianças, pois é ele também uma vítima da sua própria imprudência. Irá carregar esse remorso para o resto de seus dias, se não for forte o suficiente poderá pensar em suicídio ou se matar aos poucos através do álcool e das drogas.

Os familiares das crianças desencarnadas clamam por justiça. A justiça sempre acontece, lembremos que a justiça dos homens não é nem imparcial, nem tem posse da visão geral da situação, que incluí o aspecto espiritual e também de existências anteriores. Podemos começar a palpitar sobre alguns responsáveis. Podemos culpar a prefeitura que aceitou que um veículo sem condições de segurança transportasse crianças, ou lembrar da empresa contratada que não dava a devida manutenção no ônibus. Assim é fácil clamar por justiça, porém, e nossa parcela de responsabilidade? Como assim? Quando sonegamos impostos, quando os políticos desviam o dinheiro que deveria ter um fim público, o efeito pode ser a falta de recursos para a manutenção de um veículo escolar. Estou equivocado? O que dizer, por exemplo, das mães e pais que deixavam todos os dias os filhos na porta do velho ônibus, mas que não reivindicaram um transporte melhor se recusando a deixar seus filhos viajar? A humanidade no auge do desespero tende a eleger culpados, mas esquece que acaba sempre por externar um sentimento de culpa quando assim o faz. É um comportamento natural, uma forma de assimilar a dura realidade em pequenas doses.

Ante o sofrimento não percamos tempo com acusações. A nossa consciência é nosso juiz implacável e incorruptível. O motorista do ônibus irá conviver o resto de sua existência e, talvez ainda, tantas outras encarnações, com o remorso de sua imprudência ou imperícia. Portanto não confundamos justiça com sede de vingança.

Nenhuma punição trará nossos filhos de volta. Não vejam as crianças como perdidas, mas como pássaros libertos que Deus quis próximo de si, pois seu tempo nesse mundo de iniqüidades e sofrimentos já havia se esgotado. Como diria o psicólogo Viktor Frankel, “sejamos dignos de nosso sofrimento”. Não desejemos o mal a outrem, sejamos melhores do que isso, pagando o mal com o bem. Quando nos colocamos no direito de julgar e exigimos vingança não somos melhores do que a pessoa que desejamos punir, nos rebaixamos ao mesmo nível. Por vezes somos piores, pois a falta aconteceu num momento de insanidade, mas ódio é a insanidade em si, e precisou de tempo para amadurecer e chegar a um potencial destrutivo. Temos maior responsabilidade na medida em que tivemos mais tempo para refletir.

Vejam os excessos que ocorrem pelo mundo a fora nesse sentido. Onde está a justiça no assassinato do criminoso? Combatemos loucura com loucura? Os cegos no auge da ilusão vibram, como os bárbaros de outros tempos, sedentos de sangue, como se o assassinato de alguém fosse a glória de um povo. Não podemos ser melhores do que isso? Será que não estamos confundindo a tão propalada justiça com desejo de vingança?

Como ainda temos que caminhar! Quanto ainda há por amadurecer meus companheiros de humanidade! Estamos longe de compreender a mensagem tão simples do sábio carpinteiro. “Amai ao próximo com a si mesmo”. O que mais me entristece é que são os jovens, talvez por serem mais inexperientes e absorvem as ideologias em voga com mais facilidade, que se destacam vibrando com bandeiras e ideologias preconceituosas em frente a televisão, como se o mundo houvesse ficado melhor com base em assassinatos e violência. Como somos pequenos! Nossa ignorância é tamanha que não percebemos que não passamos de marionetes nas mãos de interesses econômicos e políticos.

A nossa esperança é que tudo na vida marcha incessantemente rumo ao progresso e que com o tempo seremos uma sociedade melhor, realmente justa. Compreendendo melhor o sentido desse termo, e, quem sabe depois disso possamos também aprender a ser fraternos.

O desabafo de um espírito.

São Leopoldo, 04 de maio de 2011.