“Porque então declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Porque só temos uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e porque, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da palavra culto: revela exclusivamente uma idéia de forma, e o Espiritismo não é isso. Se o Espiritismo se disesse uma religião, o público só veria nele uma nova edição, uma variante, se assim nos quisermos expressar, dos princípios absolutos em matéria de fé, uma classe sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; o público não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais sua opinião se tem levantado tantas vezes”.
- ALLAN KARDEC, discurso dado em 1º de novembro de 1868 na Sociedade de Estudos Espíritas de Paris.
“Religião sem dogmas, sem culto exterior, sem sacerdócio, sem apego material, sem intenção de domínio político e social, pode explicar livremente ao homem que ele é um espírito em evolução, responsável direto pelos seus atos, e portanto pelos seus fracassos ou as suas vitórias. Pode dizer-lhe, que tendo vindo do mundo espiritual, voltará a esse mundo após a vida terrena, tão naturalmente como as borboletas se livram dos casulos, e lá responderá pelos seus erros e os acertos, sem a mediação de sacramentos ou cerimônias materiais de espécie alguma. Sua permanência na Terra pode também ser explicada sem alegoria, pela simples necessidade da evolução espiritual”.
- JOSÉ HERCULANO PIRES, do livro “O espírito e o tempo”.
“O Espiritismo pode ser considerado Religião no sentido original do termo aplicado por Agostinho de Hipona (Santo Agostinho), que tem origem na expressão latina “religare”, ou seja, reaproximar, reconectar. O Espiritismo é uma religião no sentido de nos aproximar de Deus, entretanto, está longe do senso comum que o termo ganhou nos dias atuais, onde seu uso traz implícito tradições e rituais que estão longe de fazer parte da concepção espírita. Ser espírita é esforçar-se por se melhorar a cada dia e crer somente naquilo que pode ser entendido com o uso da razão e do bom senso”.
- FREI FELIPE.
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