Em suas bases, a Doutrina Espírita sempre estimulou a participação ativa e construtiva das pessoas na sociedade. O Espírita não deve se contentar com a observação dos fatos, mas ter um papel atuante, pelos meios aos quais encontre de contribuir para sua família, bairro, cidade, estado e país. Deixando sempre de lado questões como preconceitos ou radicalismos.
Diante das cenas que acompanhamos no Rio de Janeiro gostaríamos de propor uma reflexão. Inquestionável que a solução definitiva para a criminalidade e a violência passa pela educação, e aqui nos concentramos na educação do ponto de vista moral, aquela que a família contribui em grande parte com o suporte do Estado. Porém, devemos compreender que para o bom funcionamento da sociedade são necessárias leis, que devem ser respeitadas ou, em caso de desrespeito, suas consequências assumidas. Cada sociedade tem as leis que representam seu grau de desenvolvimento moral. Melhorando a sociedade melhoraremos também as leis e vice-versa.
Particularmente perante a situação do tráfico de drogas, que podemos incluir como sendo o maior problema de criminalidade do Brasil, faço aqui uma reflexão. Pois, creio que o momento é oportuno. Costumo escutar entre os jovens que um cigarro de maconha não é droga e nem vicia. Não precisamos entrar na discussão polêmica sobre os benefícios ou malefícios da droga, apesar de me manter sempre contrário ao seu uso. Não discrimino seus usuários, mas não deixo de emitir minha opinião se sou questionado quanto a isso. Aqueles que usam a droga para se divertir em festas, apenas no final de semana com os amigos, argumentam que não fazem mal a ninguém. O que não é verdade. Essa é uma visão obtusa e limitada da questão. Não é de se surpreender que numa sociedade epicurista como a nossa, onde os jovens tem como lema “carpe diem” não se enxergue o mal que um cigarro de maconha pode fazer. Um mal social, pois essa droga é a principal financiadora da criminalidade do país. Financia a compra de outras drogas, armamentos e a rede de narcotraficantes. Associada ao tráfico temos os viciados, doente mentais, pessoas que perdem a capacidade de se governar e precisam de ajuda, e que na maioria das vezes entram na criminalidade e na prostituição para pagar o que consomem, num imenso círculo vicioso. Estamos de acordo que dar uma esmola em um semafóro não vai salvar a vida de ninguém, entretanto, fumar um cigarro de maconha pode ajudar a tirar muitas vidas.
Reflitamos!
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