quarta-feira, 3 de novembro de 2010

DAI DE BEBER A QUEM TEM SEDE

“Dai de beber àquele que tem sede, entretanto, não dispenseis a água com aqueles que não tendo sede, a desperdiçariam”.

O primeiro ímpeto daquele que deseja auxiliar é sempre estender a mão, independente da situação com que se defronta. Porém, a falta de experiência nos coloca por diversas vezes em situações muito diversas das que gostaríamos de estimular.  Acabamos sendo elementos de discórdia ou preconceito sem que tenhamos agido conscientemente para isso. Não percebemos o momento em que nossas palavras deixam de saciar e passam a afogar alguém. No sentido que a repetição excessiva de conceitos mal compreendidos nos leva ao fanatismo.

O Espiritismo por essência toca o coração, mas não deixa de falar ao intelecto. Esse conhecimento não deve ser adquirido à base de repetições exaustivas, como gostam os fariseus modernos. É preciso que a compreensão livre nos motive a novas descobertas em nós mesmos. E talvez, então, essa experiência nos permitirá saciar a sede de alguém. Repetir citações não nos torna capazes de saber utilizá-las no momento certo, nem demonstra que compreendemos aquilo que citamos. Não podemos e não devemos nos perder em tais preciosismos, pois a letra mata e o espírito vivifica, já dizia o mestre galileu. Se não sabemos o que falar, que nos unamos em silêncio fraterno através da prece. Nem sempre a replica é a melhor resposta, por vezes o silêncio provoca reflexões renovadoras. Aceitemos as diferenças e aprendamos a respeitar os limites que as outras pessoas nos colocam como apelo ao bom senso e as boas maneiras.

pelo espírito Frei Felipe.

03/11/2010.

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