domingo, 15 de dezembro de 2013

ENTRE MÉDIUNS: NOVAS FRONTEIRAS DA PESQUISA MEDIÚNICA

ENTRE MÉDIUNS: NOVAS FRONTEIRAS DA PESQUISA MEDIÚNICA

Julie Beischel, PhD

Acabei de ler o livro "Among Mediuns: a Scientist's Quest for Anwers" (Entre Médiuns: Uma Busca Científica por Respostas", escrito pela Doutora Julie Beischel, doutora em Farmacologia e Toxicologia na Universidade do Arizona - EUA. O livro foi publicado apenas como e-book, em língua inglesa, e pode ser facilmente adquirido no site da Amazon, e custou apenas R$ 10,15 (dez reais e quinze centavos!)

É um relato, quase uma conversa que ela faz com o leitor, apresentando sua trajetória e as principais linhas de pesquisa com médiuns realizadas no Windbridge Institute, organização que ela fundou com outros pesquisadores para dedicar-se ao entendimento da mediunidade.

Minha leitura carrega sempre alguns olhares: a do professor-pesquisador, a do espírita, a do médium, a do humanista. Posso não concordar com tudo o que ela pensa e diz, mas saí muito favoravelmente impressionado com o trabalho dela.
Beischel dividiu as pesquisas em três grandes programas: o programa de pesquisas de informação (que informações trazem as mensagens mediúnicas?), o programa de pesquisas de operação (o que sentem e vivenciam, como modificam os organismos e qual é a psicologia dos médiuns durante o transe?) e o programa de pesquisas de aplicação (uso da mediunidade no tratamento do luto/melancolia, no apoio às investigações policiais, entre outros).

Do ponto de vista metodológico, chama a atenção a inteligência do design experimental usado nas pesquisas. Ao criar instâncias entre o médium e o consulente, além de nunca permitir o contato direto destes, ela conseguiu fazer avançar um tema que se encontrava "travado" desde a pesquisa de Rhine e as oposições dos céticos, e inovou ao desenvolver métodos para verificar a qualidade das informações fornecidas pelos médiuns, praticamente anulando hipóteses como cold readings e outras usadas para justificar os acertos realizados por eles.

Um dos capítulos que me emocionou foi o das aplicações, especialmente quando ela fala do luto/melancolia. Julie cita alguns casos de pessoas que reescreveram seu script de vida após receberem uma comunicação mediúnica de afetos que já se foram. Ela diz que se a indústria farmacêutica tivesse um remédio de efeito tão imediato sobre o luto, seu inventor já teria ficado rico e notório.
O capítulo das pesquisas fenomenológicas, fisiológicas e psicológicas da mediunidade também é um primor. Ela se refere aos estudos de personalidade dos médiuns (na amostra dela, das médiuns), usando o MTBI (Inventário de Tipos Psicológicos Myers-Briggs), por exemplo, que classifica as pessoas segundo a proposta de tipos psicológicos de Jung. 83% dos médiuns foram classificados com a díade de tipos intuição-sentimento.
Este é um livro cuja tradução faria sucesso e causaria alguma polêmica em nosso meio. Quem sabe não conseguimos autorização da fundadora do Windbridge Institute para traduzi-lo para o português?

Fonte:  Jader Sampaio, em http://espiritismocomentado.blogspot.com.br/

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