quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

CATIVEIRO DO ÓDIO

O orgulho cala em meu coração.

Afligido por angústias;

Fatigado e ferido por espinhos;

Pontiagudos espinhos que dilaceram minha alma;

Tenho o furor de ferir e revidar.

Fazer aos outros o que comigo fizeram.

Ferir como fui ferido.

As lágrimas,

Lágrimas que não enxergam ,

Derramo sobre o papel enquanto escrevo.

Sou forte pelo meu desejo,

E único desejo,

De esmagar e ferir;

Esmagar e ferir quem no passado fez ruir meus sonhos.

O orgulho cala em meu coração.

Sem forças,

Fraco e doente não posso cumprir com aquilo que me move a alma.

Ouço vozes a me dizer:

- Perdoa! Esquece! O mal que te afliges tem origem em teu próprio coração. Esqueces para que volte a viver e a dor que consome tuas forças possa desaparecer.

Aprisionei-me?

Grito e rogo em desespero.

Aprisionei-me então?

Há justiça no mal que outrora me fizeram?

Deus está agindo em favor do criminoso?

E ouço novamente a voz em minha alma aflita:

- Deus quer a remissão do pecador. Não sofres tu pelo mal que lhe fizeram, mas pelo ódio que aprisiona tua alma à dor. Deixai cada um com suas obras e trabalhai arduamente no próprio restabelecimento.

Enquanto essas palavras não compreendi em martírio segui meus dias. O orgulho calou-se em meu coração.

Não sofro mais por orgulho.

Libertei-me do cativeiro do ódio.

 

O autor espiritual não se identificou ao final. Texto psicografado em 14 de dezembro de 2009. Médium Rafael de Figueiredo.

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