sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Espiritismo: Evidências científicas - I

Li essa série de artigos e gostei e decidi compartilhar no blog com as devidas indicações do autor.

Espiritismo: Evidências científicas - I
José Lucas


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Associação Cultural Espírita de Portugal
Muito se fala de Espiritismo, mas muito pouco se conhece desta doutrina. Iremos hoje iniciar um conjunto de artigos que abordarão experiências científicas que comprovam algumas das teses que o espiritismo advoga.
«Fui à associação espírita e fui ao "passe magnético"» ou «Fui à associação espírita e bebi um pouco de água magnetizada que me auxiliou no problema X », são algumas das afirmações que por vezes ouvimos de quem frequenta uma associação espírita. Outros perguntam com muita propriedade: «Mas o que é isso do passe magnético ou da água fluidificada, isto é, o que é a Fluidoterapia»?
No meio espírita existe um termo que é muito comum - a fluidoterapia - isto é, a capacidade de, através da doação de fluidos (energias), interferir positivamente na saúde das pessoas, seja através do passe espírita ou através da fluidificação da água.
Pensamos, pois, que seria bem útil que todos nós tivéssemos conhecimento das descobertas científicas efectuadas em torno da fluidoterapia, para que assim pudéssemos mais eficazmente passar esta ideia às pessoas que recorrem à associação espírita, dando-lhe a ideia que a fluidoterapia encerra: uma prática séria, baseada no amor, nada supersticiosa, nada ritualística e com fundamento científico.

O passe espírita é uma transfusão de energias psíquicas e espirituais que alteram o campo celular. Não é uma técnica. É um acto de amor. Não foi inventado pelo Espiritismo, mas foi estudado por ele. Jesus utilizava-o.
Quando duas mentes se sintonizam, uma passivamente e outra activamente, estabelece-se entre ambas uma corrente mental, cujo efeito é o de plasmar condições pelas quais o "activo" exerce influência sobre o "passivo". A esse fenómeno denominamos magnetização. Assim, magnetismo é o processo pelo qual o homem, emitindo energia do seu perispírito (corpo espiritual), age sobre outro homem, bem como sobre todos os corpos animados ou inanimados. Temos, portanto, que o passe é uma transfusão de energia do passista e/ou espírito para o paciente.
No passe, a mente reanimada reergue a vida microscópica (celular). O passe tornou-se popular pela sua eficácia. O paciente assimila os recursos vitais, retendo-os na sua constituição psicossomática, através das várias funções do sangue.
«Podemos dizer que o passe actua directamente sobre o corpo espiritual de três formas diferentes: como revitalizador, compondo as energias perdidas; dispersando fluidos negativos contraídos; auxiliando na cura das enfermidades, a partir do reequilíbrio do corpo espiritual.
A água magnetizada nas associações espíritas contribui para uma melhoria da saúde física e psíquica de quem necessita
A água cobre 2/3 da superfície da Terra e representa cerca de 70% das moléculas que constituem o corpo humano.
A água fluída é a água normal, acrescida de fluidos curadores. Estes fluidos são introduzidos pelos espíritos amigos, bem como pelo magnetizador. São fluidos de boa qualidade. A quantidade da água não é importante, basta um pouco. A qualidade dos fluidos, essa sim, é importante. Os fluidos agem sobre a água modificando-lhe as propriedades.
«A água é extremamente sensível a muitos tipos de radiações. O cientista americano de pesquisas industriais Robert N. Miller e o físico Prof. Philip B. Reinhart inventaram quatro instrumentos independentes, para demonstrar que um pouco de energia emanada das mãos de um curador pode dar início a uma alteração da ligação molecular entre o hidrogénio e o oxigénio das moléculas de água» ("As curas Paranormais", George Meek, Ed. Pensamento, 1995).
«Considerando que o corpo é composto de água na sua maior parte, e desde que descobrimos que a água é extraordinariamente sensível às irradiações de um amplo espectro de energias; considerando, ainda, que estamos a aumentar a nossa possibilidade para detectar e medir instrumentalmente o fluxo de várias energias que emanam do corpo do curador, podemos enxergar as inferências disso como sendo de grande projecção.» (idem)
Modernamente, podemos encontrar vários estudos de cariz científico, que vêm comprovar as teses espíritas em torno do passe e da fluidificação da água, dando, portanto, uma base de aceitação bem maior, principalmente junto daqueles que desconhecem o Espiritismo.
Na próxima semana relataremos as experiências do Dr. Bernard Grad, no Canadá, com sementes de cevada, ratos e humanos.


José Lucas – Portugal


Bibliografia: "Fluidoterapia: Evidências Científicas", trabalho apresentado pela Associação Cultural Espírita (Caldas da Rainha - Portugal) no 2º Congresso Espírita Mundial, Lisboa, 1998

sábado, 24 de setembro de 2011

RESUMO DE EVIDÊNCIAS DE UM CASO DE REENCARNAÇÃO ENTRE MUÇULMANOS

Eu tive a oportunidade de recolher pessoalmente relatos que evidenciam o processo de reencarnação, até aí tudo normal. Acontece, porém, que esse relato foi contado por uma família muçulmana no sul da Rússia. Região que não conhece o Espiritismo e conta com maioria da população muçulmana.

Tudo começou com um suicídio. Um jovem com vinte anos, aproximadamente, estava apaixonado por sua prima. A intensidade da paixão era tanta que dificilmente podemos desvincular da existência de uma situação anterior. A recusa e o modo atrapalhado com que ela conduziu o fato, jogando com os sentimentos do rapaz, contribuíram para o ato desesperado. O jovem optou por enforcar-se amarrando uma corda no tubo de calefação do apartamento. Sua mãe e sua sobrinha encontraram o corpo obstruindo a porta, perdurado na sala.

O choque foi imenso, até hoje, passado mais de uma década a família tem dificuldades de tocar no assunto. As informações que obtivemos foram fruto de conversas informais, pois não compreenderiam nosso interesse se falássemos de Espiritismo. Na cultura islâmica é necessário demonstrar a dor diante da perda, o que sabemos não tem uma repercussão positiva no espírito recém desencarnado, principalmente em casos mais complicados como o suicídio. Não que não se deva demonstrar a tristeza perante o fato, mas sabemos que o espírito continua vivo e sentindo as impressões emocionais que dirigimos a ele. Quanto mais desordenadas essas impressões mais o prejudicamos.

Entre lágrimas a família passava os dias. Um ano havia se passado e vez por outra membros da família relatavam que o jovem suicida aparecia em seus sonhos e pedia preces, ao mesmo tempo em que tentava com palavras acalmar os familiares. A pessoa com maior dificuldade de aceitar a morte do filho era a mãe do rapaz, talvez o pai se sentisse pior, mas não demonstrava. Mais de um ano havia se passado e a mãe continuava melancólica e choramingando pelos cantos.

Uma noite ela sonha com o filho. Ele aparece em seu sonho e diz para que ela não mais chorasse, pois ele estava bem e estava voltando. Foi bastante enfático nessas afirmações, inclusive dando algumas informações precisas que no momento me escapam da lembrança. Na manhã seguinte toca o telefone. É a filha mais velha do casal, irmã do rapaz falecido, que liga para sua mãe para avisar que está grávida.

Essa informação foi um alento para aquela mãe. Tinha convicção que o filho estava de volta, mesmo que sua crença não a auxiliasse na adoção dessa idéia. Dali para adiante passou a observar o comportamento daquele menino que nasceria alguns meses mais tarde de modo especial. O comportamento, as feições e até mesmo marcas de nascença somente reforçavam a convicção de que seu filho havia reencarnado agora como seu neto.

Lamento não ter podido obter relatos mais precisos, mas o contexto cultural dificultava essa intenção. De qualquer forma, essa manifestação é apenas mais uma constatação da reencarnação como uma lei biológica pautada pela lógica e justiça divina.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

OS OLHOS DE VER E OS OUVIDOS DE OUVIR…

Quando Jesus pronunciou estas palavras, talvez estivesse interessado em apontar as pessoas que é preciso extrema prudência em nossos julgamentos.

Sempre que observamos ou consideramos algo o fazemos sob nosso ponto de vista, e essa avaliação é carregada das mesmas limitações e preconceitos que possuímos. E se as possuímos é porque não temos condições de percebê-las. Esta sem dúvida é nossa grande dificuldade, este paradoxo nos limita a capacidade de perceber a realidade de um modo que sequer temos conseguido avaliar.

Essa questão pode parecer um tanto vaga, mas ela tem um papel de grande vulto em nosso modo de viver e igualmente nas atitudes e conceitos que estabelecemos como conduta de vida. Incapacitados de perceber a realidade precisamos vivenciar choques emocionais de grande intensidade para se colocar no lugar do outro e conseguir ver as coisas como o outro vê. Progredimos com isso, pois aprendemos a ver a vida de modo diferente, dilatando nossa capacidade de interpretar e compreender. Sendo possível então ter uma idéia aproximada de como nosso semelhante vê o mundo, entretanto apenas aproximada, pois estamos em constante mudança.

A prova latente desse comportamento esteve nos canais de televisão nesta última semana. O drama revivido das tragédias terroristas, a comoção e os apelos midiáticos que quase sempre tem fins velados. Aquele que não consegue ou não está interessado em tentar compreender a realidade vivida por um membro de outra cultura não tem a menor condição de avaliar seu modo de experimentar e interpretar a vida. Nem consegue perceber sua parcela de responsabilidade, seja individual ou coletiva, nos fatos que acontecem.

Esse modo prepotente de acreditar que nosso ponto de vista deve se sobrepor ao de nosso próximo leva as distorções que temos visto, até mesmo na política internacional. Como é o caso de povos que defendem a justiça em guerras. Quem está com a razão? Aquele que matou três mil num ato de vingança ou aquele que matou dois milhões vingando-se por sua vez? Podemos aqui fazer uma analogia perfeita com os casos de processos obsessivos, onde vemos seguidamente o obsessor acusando sua vítima de um crime anterior, entretanto o ciclo-vicioso se arrasta, cada um bolando uma forma mais dolorosa e ardilosa de se vingar por sua vez.

 

 

Essa visão distorcida da realidade é muito comum em nosso meio, vai desde as pequenas coisas até as manipulações de opiniões com fins escusos produzidos por governos e instituições privadas, como redes de televisão.

A questão principal é que enquanto não nos dermos conta de que nossa opinião é apenas nossa opinião não conseguiremos aceitar as diferenças e os interesses mesquinhos prevalecerão. Se não me esforçar para me colocar no lugar do outro e tentar minimamente viver o conceito de Confúcio (Fazei aos outro o que gostaria que fizessem para contigo) sequer conseguiremos perceber a quão limitada é nossa capacidade de interpretar a realidade. Que a mesma tem diversas formas. E que impor um ponto de vista aos outros é uma responsabilidade quase sempre pesada demais para carregarmos nos ombros. Devemos lembrar que tudo que fazemos tem conseqüência, mesmo quando emitimos uma opinião.

pelo espírito FRANÇOIS RABELAIS

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

INSTRUÍ-VOS E AMAÍ-VOS

O desenvolvimento do espírito crítico é uma das bases do processo educacional, e podemos dizer também, do próprio senso de liberdade do ser humano. A Doutrina Espírita tem em essência uma relação muito estreita com esse conceito, pois tem por objetivo libertar as consciências dos preconceitos, das imperfeições que nos atrelam as sombras de nossa individualidade.

Estimulando a criatura humana a reflexão e descoberta de suas próprias verdades, ou seja, a liberdade individual em sua mais alta condição, o Espiritismo vem propor uma revolução de metas e ideais dentro da própria alma humana. Por isso, vamos encontrar o Espírito de Verdade afirmando que devemos amar-nos e nos instruirmos. Iniciando uma longa jornada de autoconhecimento, através do exercício da paciência e da perseverança.

Infelizmente é muito difícil encontra alguém que viva essa experiência de modo plenamente consciente. Ao que parece marchamos aos encontrões, desviando de rota e sendo chamados ao caminho reto por meio do sofrimento, que não nos permite desviar muito de nossos reais objetivos existenciais. Não basta compreender está realidade, é preciso arrancá-la dos livros e vivenciá-la de modo consciente. Nesse ponto esbarramos nas imensas limitações que encontramos no seio do próprio movimento espírita devido a incompreensão de nossa realidade.

De um modo geral, quanto mais aprendemos mais arrogantes nos tornamos, salvo raríssimas exceções, caminhando no sentido inverso a proposta esclarecedora que dela somente conhecemos as entrelinhas ou sabemos copiar citações de algum livros que mostramos a todos carregar em baixo do braço. As limitações que temos visto nos grupos de trabalho em centros espíritas não estão assentadas nas dificuldades intelectuais, como as pessoas imaginam comumente. Existe uma espécie de cegueira gerada pela vaidade e pelo orgulho. Existe uma imensa dificuldade generalizada no momento de aceitar que a criatura ao nosso lado possa não concondar com nosso ponto de vista. Como se os postulados espíritas de fraternidade e compreensão somente existissem para ser pregados aos outros e não para serem vividos. Esquecemos que é necessário respeitar o processo de amadurecimento de cada um.

Temos visto companheiros de ideal que esquecem que mais importante do que citar o número de uma questão de “O Livro dos Espíritos” é viver em toda sua plenitude a transformação que esses enunciados nos fazem refletir. Nesse aspecto se concentra toda a essência do Cristianismo em sua proposta transformadora. Deus age em nós através de nossa própria consciência e ninguém irá nos questionar quanto as páginas lidas. A instrução é fundamental, mas não ela em si mesma, pois somente tem sentido se empregada em nossa intimidade desenvolvendo nossa capacidade de compreender a realidade íntima e lutar por melhorá-la.

Bem certo, que o outro extremo também é prejudical. Já que a falta de instrução coloca as criaturas longe dessa capacidade de avaliar com bom senso o mundo que a cerca. Por conta disso temos as distorções que surgem vez que outra no próprio Espiritismo. Sem contar os modismos, como as transformações do mundo com o mínimo esforço, como se o processo evolutivo não fosse gradual e exigisse árduo e perseverante trabalho da parte de cada um de nós, ou ainda, os reflexos incoerentes em imagens e fotografias que alguns companheiros desavisados propalam aos quatro cantos tratar-se da manifestação de um espírito. Atiram no próprio pé, fornecendo instrumentos de escárnio e descrença a qualquer indíviduo de bom senso que tomasse o primeiro contato com o Espiritismo por meio dessas idéias ingênuas e insuficientemente fortes perante argumentação bem construída. Kardec já mencionava os espíritas excessivamente crentes que sem ter essa intenção faziam mais mal do que bem as convicções que professavam.

Também podemos citar os casos de excentricidades mediúnicas, onde alguns encarnados adoram o fato de poder se colocar na condição de óraculo, que tudo sabe e tudo vê. Esquecendo sua real condição numa tentativa insana de suprir a necessidade de ser o centro das atenções, ingenuamente rivalizando com Deus. Não são poucas, infelizmente, as situações que observamos onde o centro espírita trabalha muito mais como um estimulador da dependência do que no sentido exato do Espiritismo, que seria o de promover e estimular a liberdade da consciência.

Essa dependência parece agradar médiuns e dirigentes vaidosos que, por falta de compreensão de si mesmos, não conseguem ver que caminham no sentido contrário das idéias que dizem abraçar. É preciso alimentar nas pessoas o interesse pelo aprendizado, esse aprendizado sério, que liberta. Que estimula cada um a enfrentar os dramas que atingem sua própria intimidade. As grandes batalhas da vida não são exteriores, mas travadas nos recessos de nossa alma. É para essas batalhas que devemos nos preparar. Através de uma fé raciocinada, que será forte em nossos momentos de maior fraqueza. Não basta crer é preciso compreender aquilo em que cremos e através deste forte pilar amarrar nossos corações, para que  quando a tempestade sacolejar nossos princípios mais sinceros estejamos seguros do caminho a seguir. Amar ao próximo não é uma frase bela para ser lida em conferências, mas um exercício constante que precisa ser praticado diariamente, para que com o passar dos séculos possa se tornar um hábito.

Espíritas instruí-vos, pois a instrução lhes fortalecerá e ajudará nos momentos de crise, mas não esquecei-vos de amai-vos, pois é no amor que se encontra toda a motivação para a Vida e a força de seguir adiante.

pelo espírito G.D.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A MORTE

Porque a morte propicia tanto sofrimento e catadupas de pranto, acarretando desespero no mundo, é válido lembremos que:

a semente morre para que surja a plântula tenra;

transforma-se a ostra, de modo a produzir a pérola preciosa;

estiola-se a flor, emurchecida, a fim de que provenha o fruto que guarda, na essência, o sabor;

morre o dia nas tintas do poente, de modo que o véu cintilante da noite envolva a Terra;

morre a noite, entre as lágrimas do orvalho, para que o manto aurifulgente do dia consiga embelezar a amplidão;

o rio morre na exuberância do mar;

fana-se o homem para que se liberte o Espírito, antes cativo.

* * *

À frente disso, vemos que a morte é sempre a chave que desata o perfume da vida. Não há morte, essencialmente. Tudo é transformação, tudo é recriação...

A lágrima de agora se tornará sorriso.

A dor atual prepara a ventura porvindoura.

A saudade que punge hoje, fomenta o sublime reencontro de logo mais.

Morte é vida, agora o sabemos...

* * *

Habitue-se, caro coração, a refletir a respeito da morte, com serenidade e confiança em Deus, porque você não ignora que, por mais se aturda, desarvore ou se inconforme, essa é a única regra para a qual não se conhece exceção.

Prepare-se, amando e trabalhando no bem grandioso, até que você, um dia, igualmente se transforme em ave libertada da prisão – escola corporal.

A morte tão somente revela a vida mais amplamente. Pense nisso.

Rosângela.

Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira.

Em 18.03.2011.