sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ОБЪЯСНЕНИЯ ЧЕЛОВЕЧЕСКИХ ТРАГЕДИЙ

Спиритизм признает идею реанкарнации. Эта идея - единственное разумное объяснение, которое у нас есть чтоб понять существующую разницу между ребенком который родился в обеспеченной семье, очень красивым и одаренным и ребенком который родился в нищете, инвалидом и даже иногда сиротой. Как мы можем объясниять такую разницу не признавая идею что мы уже прожили другие жизни? Это единсвенный вопрос! Все что мы творим в жизни имеет свои последствия. Если мы не находим логического объяснения страданий в этой жизни, то его надо искать в прошлой жизни. Это так же помогает понять самые глобальные катастрофы, которые происходят в мире и которые убивают тысячи людей. Даже если нам сложно, страшно и не приятно принимать это, приницип реанкарнации- это лучшее объяснение того, что происходит в нашей жизни. Поэтому очень важно проснуться и понять все что мы делаем в жизни имеет свои последствия и если мы не отвечаем за них в этой жизни, то мы за них ответим в следующей. Мы свободны выбирать дорогу по которой мы идем, но мы никогда не сможем убежать от последтвий наших поступков.

Франсуа

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Curiosidade pessoal

Semana passada descobri que meu bisavô era natural do Rio de Janeiro, início do século XX e espírita. Espantado com a novidade eu questionei ao meu avô que me contava pela primeira vez o fato: "Mas espírita mesmo ou algo parecido?". A resposta não deixou dúvidas: "Espírita. Ele tinha uma biblioteca com todas as obras de Allan Kardec". Fiquei muito surpreso, pois meu avô nao é espírita e minha avó chegava a ser contraria a idéia, esse tipo de assunto era praticamente proibido. Meus pais se tornaram espíritas por causa dos fenômenos mediúnicos que aconteciam comigo, buscando explicações. Como se diz, parece que o fruto não cai muito longe do pé. Portanto, eu tive um bisavô espírita. Estou dando continuidade a uma tradição familiar. Não deve ser por acaso.

Smiley piscando Rafael.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ALLAN KARDEC E AS LIÇÕES MORAIS DA INFÂNCIA

Allan Kardec, sempre atual, deixou escrito uma interessante reflexão na Revista Espírita (fevereiro de 1864) sobre a educação das crianças. Esse texto vai de encontro ao tema de nosso próximo livro, escrito em 2005 e que será publicado em dezembro desse ano.

PRIMEIRAS LIÇÕES DE MORAL DA INFÂNCIA.
De todas as pragas morais da sociedade, o egoísmo parece a mais difícil de desenraizar; ela é tanto mais, com efeito, quanto é entretida pelos próprios hábitos da educação. Parece que se toma, desde o berço, a tarefa de excitar certas paixões que se tornam mais tarde uma segunda natureza, e se espanta dos vícios da sociedade, então que as crianças os sugam com o leite. Eis disso um exemplo que, como cada um pode julgá-lo, pertence mais à regra do que à exceção.

Numa família de nosso conhecimento há uma pequena filha de quatro a cinco anos, de uma inteligência rara, mas que tem os pequenos defeitos das crianças mimadas, quer dizer, que ela é um pouco caprichosa, chorosa, teimosa, e não diz sempre obrigado quando se lhe dá alguma coisa, essa cujos pais têm grandemente interesse em corrigi-la, porque, à parte esses defeitos, ela tem um coração de ouro, expressão consagrada. Vejamos como se empenham para tirar essas pequenas nódoas e conservar ao ouro a sua pureza.


Um dia, havia sido trazido um bolo à criança, e, como é geralmente o hábito, se lhe disse: "Tu o comerás se fores obediente;" primeira lição de guloseima. Quantas vezes não chega a dizer, à mesa, a uma criança, que não comerá de tal gulodice se chorar. "Faze isto, faze aquilo, se lhe diz, e tu terás do creme" ou alguma outra coisa que possa lhe fazer inveja; e a criança se constrange, não por razão, mas tendo em vista satisfazer um desejo sensual que a aguilhoa. É bem pior ainda quando se lhe diz, o que não é menos freqüente, que se dará sua porção a um outro; aqui não é mais a gulodice só que está em jogo, é a inveja; a criança fará isso que se lhe manda, não só para ter, mas que um outro não tenha. Quer se lhe dar uma lição de generosidade? diga-se-lhe: "dá esse fruto ou esse ou esse brinquedo a um tal." Se ela recusa, não se deixe de acrescentar, para simular nela um bom sentimento: "Eu te darei um outro dele;" de maneira que a criança não se decida a ser generosa senão quando está certa de nada perder.

Fomos um dia testemunha de um fato muito característico nesse gênero. Era umacriança de dois anos e meio mais ou menos, a quem se havia feito semelhante ameaça, acrescentando-lhe: "Nós o daremos ao irmãozinho, e tu não o terás;" e, para tornar a lição mais sensível, coloca-se a porção sobre o prato deste; mas o irmãozinho, tomando a coisa a sério, come a porção. Em vista disso, a outra se torna vermelha e seria preciso não ser nem o pai nem a mãe para não ver o estrondo de cólera e de ódio que jorra de seus olhos. A semente foi lançada; pode produzir bom grão?

Retornemos à pequenina da qual falamos. Como não toma nenhuma conta da ameaça, sabendo por experiência que será executada raramente, esta vez se fez mais firme, porque compreendeu-se que seria preciso dominar esse pequeno caráter e não esperar que a idade lhe venha dar um mau hábito. E preciso formar as crianças cedo, dizia-se; máxima muito sábia, e, para colocá-la em prática, eis como se a toma." Eu te prometo, lhe diz sua mãe, que se tu não obedeceres, amanhã de manhã, a primeira pequena pobre que passar, dar-lhe-ei teu bolo." O que foi dito foi feito; esta vez queria-se resistir e lhe dar uma boa lição. No dia seguinte de manhã, pois, tendo percebido uma pequena vizinha na rua, fê-la entrar, e se obrigou a filhinha a tomá-la pela mão e a lhe dar, ela mesma, seu bolo. Sobre isso, louvores dados à sua docilidade. Moralidade: a filhinha disse: "É indiferente, se soubesse disto, teria me apressado em comer meu bolo ontem;" e todo o mundo de aplaudir a essa resposta espirituosa. A criança, com efeito, recebeu uma grande lição, mas uma lição do mais puro egoísmo, do qual não deixará de se aproveitar numa outra vez, porque ela sabe agora o que custa a generosidade forçada; resta saber que frutos dará mais tarde essa semente, quando, mais idosa, a criança fará a aplicação dessa moral
em coisas mais sérias do que um bolo. Sabem-se todos os pensamentos que só esse fato pôde fazer germinar nessa jovem cabeça? Como se quer, depois disso, que uma criança não seja egoísta quando, em lugar de despertar nela o prazer de dar, e de lhe representar a felicidade daquele que recebe, se lhe impõe um sacrifício como punição? Não é inspirar a aversão pelo ato de dar, e por aqueles que têm necessidade? Um outro hábito igualmente freqüente é o de punir uma criança vendo-a comer, na cozinha, com os domésticos.


A punição está menos na exclusão da mesa do que na humilhação de ir à das pessoas de serviço. Assim se encontra inoculado, desde a mais tenra infância, o vírus da sensualidade, do egoísmo, do orgulho, do desprezo aos inferiores, das paixões, em uma palavra, que são, com razão, consideradas como as pragas da Humanidade. É preciso ser dotado de uma natureza excepcionalmente boa para resistir a tais influências, produzidas na idade mais impressionável, onde elas não podem encontrar contrapeso nem na vontade nem na experiência. Por pouco, pois, que o germe das más paixões aí se encontre, o que é o caso mais comum, tendo em vista a natureza da maioria dos Espíritos que se encarnam sobre a Terra, não pode senão se desenvolver sob Essas influências, ao passo que seria preciso tentar descobrir-lhe os menores traços, para abafá-las.


Essa falta, sem dúvida, está nos pais, mas aqueles pecam freqüentemente, é preciso dize-lo, mais por ignorância do que por má vontade; em muitos, incontestavelmente, há uma negligência culpável, mas em outros a intenção é boa, é o remédio que não vale nada ou que é mal aplicado. Sendo os primeiros médicos da alma de seus filhos, deveriam estar instruídos, não só de seus deveres, mas dos meios de cumpri-los; não basta ao médico saber que deve procurar curar, é preciso que saiba como deve fazê-lo. Ora, para os
pais, onde estão os meios de se instruírem sobre essa parte tão importante de sua tarefa?


Dá-se às mulheres muita instrução hoje; fazem-na suportar exames rigorosos mas jamais foi exigido de uma mãe que ela saiba como deve fazer para formar o moral de seu filho?
São-lhes ensinadas receitas do governo da casa; mas se a iniciou nos mil segredos de governar os jovens corações? Os pais são, pois, abandonados sem guia à sua iniciativa, é por isso que, freqüentemente, tomam um falso caminho; também recolhem, nos erros de seus filhos tornados grandes, o fruto amargo de sua experiência ou de uma ternura mal combinada, e a sociedade toda disso recebe o contra-golpe.


Uma vez que está reconhecido que o egoísmo e o orgulho são a fonte da maioria das misérias humanas, que enquanto reinarem sobre a Terra, não se podem esperar nem paz, nem caridade, nem fraternidade, é preciso, pois, atacá-los no seu estado de embrião,
sem esperar que sejam vivazes.


Pode o Espiritismo remediar esse mal? Sem nenhuma dúvida, e não hesitamos em dizer que só ele é bastante poderoso para fazê-lo cessar: pelo novo ponto de vista sob o qual faz encarar a missão e a responsabilidade dos pais; fazendo conhecer a fonte das qualidades inatas, boas ou más; mostrando-lhes a ação que se pode exercer sobre os Espíritos encarnados e desencarnados; dando-lhes a fé inabalável que sanciona os deveres; enfim, moralizando com isso os próprios pais. Já prova sua eficácia pela maneira mais racional da qual as crianças são educadas nas famílias verdadeiramente espíritas.


Os novos horizontes que o Espiritismo abre fazem ver as coisas de maneira diferente; sendo seu objetivo o progresso moral da Humanidade, forçosamente deverá levar a luz sobre a séria questão da educação moral, fonte primeira da moralização das massas.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Voyage en Europe (été 2011)

Chers amis, je vais voyager entre le mois de juillet-aôut (2011) avec ma femme, on prepare l'itinéraire de notre voyage. On va rester quelques jours à Paris, c'est un voyage de loisir et aussi pour visiter la famille, mais quand meme je serais à disposition pour faire des conferences si quelqu'un voudrait m'inviter. J'ai pensé: "pourquoi pas? Je serai la, c'est un possibilite d'aider". Il y a encore la possibilite de visiter d'autres villes en France ou dans quelques pays à coté, alors on peut toujours changer l'itinéraire. Je peux emmener mes livres si quelqu’un veut acheter (Nas Brumas da Mente et Do Século das Luzes). Merci de me prevenir en avance.

Amicalment,

Rafael.

 

Queridos amigos, eu vou viajar entre os meses de julho-agosto (2011) com minha esposa, nós estamos preparando o itinerário de nossa viagem. Vamos permanecer alguns dias em Paris, é uma viagem de lazer e visita a familia na Rússia, mas mesmo assim eu estarei a disposição caso alguém queira fazer convite para conferências. Eu pensei: “porque não? Eu estarei por lá, é uma forma de ajudar”. Existe a possibilidade de visitar outros locais, portanto, ainda podemos alterar o itinerário. Eu posso igualmente levar alguns livros caso alguém queira adquirí-los (Nas Brumas da Mente e Do Século das Luzes). Por favor avisar com antecedência.

Amigavelmente,

Rafael.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

JOYEUX NÖEL

Un très bon filme.

Very beatiful movie.

Uma história real que ocorreu durante a Primeira Guerra. Parabéns aos produtores do filme, diferentemente de alguns filmes nacionais que mostram a violência sem nenhuma mensagem dignificante, esse filme mostra a estupidez de uma guerra e a esperança no gênero humano. Uma boa sugestão!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

GABRIEL DELANNE (Français)

Il fut l’un des principaux continuateurs du Spiritisme après le décès d’Allan Kardec, aux côtes de Léon Denis et Camille Flammarion. Ses écrits étaient consacrés principalment à la question de l’immortalité de l’âme et la réincarnation. Comme Ernest Bozzano et Camille Fammarion, il privilégia une approche scientifique des phénomènes psychiques. Il dirigeait le périodique La Revue Scientifique et Morale du Spiritisme, organe de l’Union Spirite Française, qu’est sorti la première fois en mars 1883.

François-Marie-Gabriel Delanne naquit à Paris 21, rue du Caire, le 23 mars 1857. Son père, Alexandre Delanne et sa mère tenaient un modeste magasin d'articles d'hygiène. C'est au cours d'un de ses voyages d'affaires que le père de Gabriel Delanne entendit un jour, à Caen, parler de Spiritisme. Alexandre Delanne se procura Le Livre des Esprits et Le Livre des Médiums et voulut connaître l'auteur, c'est-à-dire Allan Kardec.

Accueilli fraternellement par Allan Kardec qui demeurait alors passage Ste. Anne, Alexandre Delanne fut invité à assister à l'une des réunions de la société nouvellement fondée.

La mère de Gabriel Delanne devint très rapidement excellent médium psychographe. Gabriel Delanne a donc vécu dans un milieu qui tout naturellement le conduisit à devenir avec Léon Denis, l'un des plus grands apôtres du Spiritisme.

Tandis qu'Allan Kardec avait 51 ans lorsqu'il commença à étudier les phénomènes spirites et que Léon Denis vécut seize années sans en avoir entendu parler, Gabriel Delanne fut très jeune familiarisé avec le vocabulaire spirite ; il assista de bonne heure à des séances nombreuses et fortes intéressantes. Il commença donc très tôt sa tâche d'apôtre de la plus noble des causes. Allan Kardec voyait souvent la famille Delanne pour laquelle il professait une vive amitié. Au cours de ces visites, il éprouvait beaucoup de plaisir à apporter des jouets au petit Gabriel qu'il avait coutume de faire sauter familièrement sur ses genoux.

Toute sa vie terrestre, Gabriel Delanne conserva toujours le plus précieux souvenir d'Allan Kardec qu'il exalta dans toutes ses œuvres, au cours de ses conférences et de ses discours. Nous pourrions faire à ce sujet de multiples citations. Nous nous contenterons de rappeler ce qu'il disait le 23 janvier 1887 à Lyon, la ville natale d'Allan Kardec :

"Nous croyons Allan Kardec dans le vrai et nous resterons fidèles à ses principes. Solidement appuyés sur la Science, nous marcherons hardiment dans la voie que nous a ouverte son génie ; les yeux fixés sur les consolations qu'apporte avec elle notre chère doctrine ; nous marcherons vers les horizons grandioses et sans bornes qu'elle nous découvre ; nous marcherons au but, soutenus par la force que donnent le bon droit, la vérité et la Science et nous essaierons ainsi d'établir la vérité des œuvres du maître."

Gabriel Delanne était très modeste. Il était difficile d'aborder avec lui les questions qui le concernaient directement. De son vivant, il refusa, à maintes reprises, de donner des détails sur sa jeunesse et sa vie. Cependant, nous savons qu'il a fait ses études au Collège de Cluny en Saône-et-Loire, ville où habitait l'une de ses tantes, belle-sœur d'Alexandre Delanne.

Après de brillantes études scientifiques, Gabriel Delanne fut reçu à l'Ecole Centrale de Paris où il entra le 3 novembre 1876. Mais il donna sa démission et quitta l'école le 26 janvier 1877. Cette décision fut motivée par la situation matérielle de ses parents qui s'étaient imposés de très lourds sacrifices pour parvenir à donner à leur fils une instruction solide.
Il est intéressant de citer une communication spirituelle spontanée reçue au moment où il décida de se consacrer entièrement à la diffusion du Spiritisme.

"Ne crains rien, lui disait-on, aie confiance. Au point de me matériel, tu ne seras jamais riche, mais tu ne manqueras de rien."
Et cela se vérifia au cours de toute l'existence de cet homme de génie.
Gabriel Delanne entra, comme ingénieur à la Compagnie d'Air Comprimé et d'Electricité Popp, où il resta jusqu'en 1892.

C'est le 31 mars 1880 que, pour la première fois, Gabriel Delanne prit au Père Lachaise une part active à la cérémonie commémorative annuelle de la désincarnation d'Allan Kardec. Déjà on découvrait l'ardent désir du militant spirite de faire comprendre le côté scientifique du Spiritisme.

"Allan Kardec, disait-il, n'est pas venu apporter une religion, il n'a ignoré aucun culte ; sa morale est celle de Jésus dégagée de toute fausse interprétation mais ce dont il a doté l'humanité, c'est d'une doctrine capable de répondre à toutes les objections de l'incrédulité et à tous les grands problèmes posés par la raison. En effet, jusqu'ici, nous n'avons envisagé que le côté moral de la doctrine, mais son étude plus approfondie nous montre qu'en suivant ses enseignements on peut arriver aux plus belles découvertes scientifiques. S'il est un champ d'études encore inexploré, c'est celui qui comprend les rapports entre le monde invisible et le nôtre. Que de problèmes à résoudre avant de pouvoir donner une théorie scientifique de ces rapports, mais un jour viendra où ils seront connus comme des phénomènes étudiés scientifiquement et ne seront plus un secret pour nous."

En terminant son discours Gabriel Delanne s'écriait :
"A son exemple nous ferons tous nos efforts pour répandre ses idées et semer partout la bonne nouvelle."
Le vaillant défenseur du Spiritisme tint cette solennelle promesse et jusqu'à son dernier jour, il travailla à faire connaître notre science urbi et orbi.
En 1883, fut créée la Fédération Franco-Belge Latine ; Gabriel Delanne fut nommé secrétaire général, le président étant P.G. Leymarie. Cela prouve l'influence qu'il avait déjà su acquérir dans les milieux spirites français et belges.
En mars 1883, lorsque fut publié le premier numéro de la revue bimensuelle "Le Spiritisme", Gabriel Delanne qui comptait parmi les collaborateurs de cette publication, en devint très vite le rédacteur
en chef. Avec son père Alexandre Delanne, il fut un des fondateurs de l'Union Spirite Française (première du nom) créée à Paris, salle de la Redoute, le 24 décembre 1882 sous la présidence du Docteur Josset. Cette société avait pour but principal de réunir en un faisceau, toutes les forces spirites éparses dans le pays. Le siège du journal "Le Spiritisme" fut d'abord 39 - 4l, passage Choiseul, puis 38, rue Delayrac, où la famille Delanne avait fonde un groupe spirite.

Le 23 janvier 1883, au Père Lachaise, Gabriel Delanne prononçait un discours aux obsèques de Mme Allan Kardec désincarnée le 21 janvier 1883 à l'âge de 88 ans, quatorze années après la désincarnation de son mari.

Dans son discours, Gabriel Delanne décrivit avec justesse quel fut le rôle de celle qui partagea la vie de cet homme prédestiné que fut Allan Kardec :
"Mme Allan Kardec fut véritablement la femme forte suivant l'Evangile. Devenue la compagne du grand vulgarisateur du Spiritisme, elle adopta ses idées ; elle employa toutes ses énergies à l'étude des principes nouveaux ; elle vainquit les préjugés de son siècle et de son éducation et s'éleva, par sa volonté jusqu'à hauteur de l'esprit de notre maître ; elle prouva, dans la suite, par l'attachement profond qu'elle a gardé pour notre manière de voir, que le Spiritisme avait pénétré vivement dans son cœur. Elle ne faillit pas à la haute mission qui lui était confiée. Allan Kardec s'inspira de son intelligence si juste pour la confection de ses ouvrages il n'en publia pas un sans l'avoir consultée et souvent il profita des avis que lui fournissait la rectitude du jugement de sa campagne."

Déjà Gabriel Delanne laissait prévoir les deux tendances de son action ; montrer que le Spiritisme n'est pas opposé à la science, comme certains scientistes l'ont ainsi voulu, mais qu'il est nécessaire de le propager dans tous les milieux sans avoir la prétention étroite de vouloir garder la vérité pour une élite d'hommes scientifiques et intellectuels.

A la fin de l’année 1883, Gabriel Delanne eut une intéressante controverse publique avec J. Guérin sur l'incarnation de Jésus-Christ.
Cet intéressant débat d'ailleurs fraternel, fut relaté dans la Revue Spirite de1884.
Pour Gabriel Delanne, le Christ est un être exceptionnel, non par le corps, mais par l'intelligence et le degré d'avancement spirituel. Cet avancement spirituel ne constitue pas une chose suffisante pour admettre une nature spéciale du Christ.

C'est grâce à Madame d'Espérance qui fut une admirable médium que put paraître la Revue "Le Spiritisme". Elle donna à Gabriel Delanne, pour démarrer, une somme de cinq mille francs, ce qui représentait à l'époque une somme avec laquelle on pouvait tenter une opération commerciale.
"Ne me remerciez pas, lui dit-elle, aussitôt que vous aurez établi le premier numéro, revenez me voir, nous poursuivrons ensemble la propagande en faveur du Spiritisme."
C'est donc grâce à cette généreuse anglaise que la Revue "Le Spiritisme" vit le jour.
En 1884, Gabriel Delanne fut désigné comme délégué par l'Union Spirite Française au Congrès Spirite Belge, qui eut lieu à Bruxelles.
Au début d'avril 1885, Gabriel Delanne faisait paraître son remarquable livre: "Le Spiritisme devant la Science".

Il est également intéressant de noter que c'est également vers cette époque que Léon Denis fit paraître sa première brochure "Le Pourquoi de la vie" qui date de septembre 1885.
Le début de l'action des deux grands pionniers du Spiritisme est donc à peu près parallèle. En décembre 1885, il est nommé vice-président de l'Union Spirite Française. En 1886, 1887, 1888, 1889, 1890, il fait de nombreuses conférences pour la diffusion de la doctrine.

Gabriel Delanne n'avait pas une très bonne santé, déjà au moment du mariage de son frère Ernest pour qui il avait une profonde affection, on pouvait constater à sa démarche, qu'il souffrait d'une ataxie. Il avait un léger déhanchement. Sa vue n'était pas parfaite, dès l'enfance il avait eu un abcès à l'œil gauche, ce qui l'empêchait de voir de cet œil. Cela fut cause de son exemption du service militaire.

En 1892, Gabriel Delanne quitta la Maison Popp et devint représentant d'une autre maison de commerce pour laquelle il voyagea beaucoup. Suivant l'exemple de son père, Gabriel Delanne profita de ces déplacements pour faire une propagande intense en faveur du Spiritisme. Il était en Algérie lorsque son frère se désincarna le 9 juillet 1893 à Gray. Ce fut pour lui une très grande peine de ne pouvoir assister aux obsèques. Vers 1892, la famille Delanne fut atteinte par une catastrophe financière qui l'obligea à liquider le magasin du passage Choiseul. Si Mme Ernest Delanne n'était pas spirite au moment de la mort de son mari, elle le devint tout en n'ayant jamais eu la faveur de recevoir une communication de son époux. Bien des fois, notamment avec Gabriel Delanne, elle fit des séances, mais jamais son mari ne vint se manifester.

En juillet 1896, parut le premier numéro de "La Revue scientifique et Morale du Spiritisme" fondée par Gabriel Delanne. D'un commun accord, Gabriel Delanne et Jean Meyer étaient convenus de ce qu'à la désincarnation de son fondateur, cette revue d'un si grand intérêt cesserait de paraître, pour être fusionnée avec "La Revue Spirite".

En 1897, paraît le troisième livre de Gabriel Delanne "L'Evolution Animique".

Servi par une prodigieuse mémoire, Gabriel Delanne était une véritable encyclopédie vivante et l'on peut affirmer que le Spiritisme lui doit, à l'heure actuelle,
sa force et sa clarté scientifique.
Tout ce qui s'est fait pour la diffusion du Spiritisme a été, en effet, l'œuvre de Gabriel Delanne et de ses collaborateurs.
Bien peu de sociétés spirites ont fait, depuis Allan Kardec, un effort aussi grand, aussi soutenu pour le développement de l'idée spirite.
Il faut reconnaître que Gabriel Delanne fut aidé par ses collaborateurs de tout premier ordre. A l'exemple de leur chef, aucun d'eux ne rechercha jamais les vaines glorioles d'une popularité facile et éphémère, ni l'attention des puissants du jour.
Tous, sans exception, n'eurent qu'un but : répandre le Spiritisme et le montrer sous son vrai jour, c'est-à-dire comme la véritable doctrine d'évolution utile à l'humanité terrestre plongée dans les ténèbres d'un matérialisme décevant et perpétuellement trompée par les dogmes surannés des religions agonisantes.

Le quatrième ouvrage de Gabriel Delanne parut en juin 1899 sous le titre: "L'âme est immortelle".

A partir de 1901, Gabriel Delanne fit tous les mardis soir à 20 heures 30, une conférence sur le Spiritisme au 57, rue du Faubourg St-Martin.

Le 5 et le 12 avril 1901, sous les auspices de l'Association Polytechnique, il traitait du Spiritisme au point de vue scientifique et moral ainsi que des preuves expérimentales de la survie.
Du 15 mai au 3 juin 1901, il donna une série de conférences à Marseille, Avignon, Pont- St-Esprit et Lyon. Il eut l'occasion de parler des expériences faites avec sa mère et comment elle écrivit deux lignes en russe et une page et demie en patois italien, langue et idiome qu'elle ignorait complètement.

Dans les premiers mois de l'année 1905, voulant mettre en pratique la solidarité spirite, Gabriel Delanne adopta une fillette de sept mois, la jeune Suzanne Rabotin qui vécut toujours auprès de lui.

C'est en 1906 que déjà obligé de marcher avec deux cannes, il alla en août et septembre à Cussey dans les environs de Lyon où il se faisait soigner par son ami M. Bouvier, magnétiseur spirite réputé.

En 1908, il acheva à Nice, où des amis l'accueillaient chaque année, son important ouvrage : "Les Apparitions matérialisées des vivants et des morts" qui parut en février 1911.

L'état de santé de Gabriel Delanne était devenu très mauvais ; il n'y voyait plus, il se traînait à peine, chaque mouvement était pour lui une cause de souffrance, il était un exemple vivant de résignation, restait gai et très accueillant.

En 1918, il fit avec sa famille un voyage à Allauch dans les environs de Marseille ; ce fut son dernier voyage hors de Paris, il ne pouvait plus marcher et il fallut recourir à un fauteuil roulant pour le porter de la voiture au train.

En 1922, il fit la préface d'un ouvrage de M. Paul Bodier : "La villa du silence" qui eut un énorme succès.

En 1924, parut son livre "La Réincarnation" toujours édité de nos jours.

C'est pendant les derniers mois de sa vie qu'il prépara avec Andry Bourgeois un ouvrage sur l'idéoplastie. .

Comme l'a confirmé sa fille adoptive Mlle Suzanne Delanne, Gabriel Delanne sans être un mystique au sens absolu du mot, croyait en Dieu. Tous les soirs, avant de s'endormir, il priait, sollicitant seulement le courage nécessaire pour supporter sans se plaindre ses constantes douleurs. Chaque soir, il énumérait une longue liste de ses parents et amis disparus, appelant sur eux l'aide de leurs protecteurs invisibles.

Le 12 février 1926, son état s'aggrava. Brusquement, il se plaignit d'étouffements. Le surlendemain, il avait chez lui des amis comme MM. Andry Bourgeois et Vauclaire. Malgré son grand état de faiblesse, il continuait à parler de sa chère Revue qui était sa raison de vivre, quand un homme à peine âgé de 35 ans demanda
à être reçu. Il était 15 heures 30. Cet homme était un contremaître des Usines Renault (Billancourt) aux idées plus que socialistes, frisant l'anarchie, le bolchévisme intégral.
"Mais, dit-il, il avait une parente, une cousine qui écrivait d'une façon étrange, sur des choses qu'elle ignorait et il venait demander à Gabriel Delanne la vérité sur ce sujet et si sa parente n'était pas folle ? "
Gabriel Delanne souffrant pourtant le martyre, eut le courage pendant près de deux heures et demie de discuter avec cet homme, avec cet inconnu assez intelligent et de lui expliquer ce qu'était la médiumnité de sa cousine et le phénomène spirite de l'écriture automatique.
Il finit par convaincre cet homme qu'ici-bas tout n'était pas matière et que nous avons tous une âme immortelle à faire évoluer. .
Le visiteur partit très ébranlé disant qu'il allait étudier la question et en parler à ses camarades.
Voilà la dernière bonne action de Gabriel Delanne. Il resta très fatigué de cette dernière conversation où il avait mis toute son âme, sa science et sa sagacité.
A 19 heures, sa fille adoptive mis la table pour dîner, mais Gabriel Delanne très fatigué ne mangea rien, mais pria ses amis de le faire, avec son obligeance coutumière. Vers les 19 heures 30, il voulut, en se traînant, aller à côté de sa salle à manger. Après dix minutes, on entendit un cri et une chute. Ses deux jambes s'étaient paralysées ; il ne pouvait plus se tenir debout, toute vitalité était partie de ses membres inférieurs qui traînaient comme deux loques pendantes. On le mit sur un fauteuil, Gabriel Delanne se toucha le front et dit : "Je crois que c'est la fin, c'est un avertissement, et il ajouta : " Souvenez-vous mes amis que Delanne n'a pas peur de la mort."
A 4 heures du matin il allait plus mal, un médecin lui lit une piqûre de caféine pour le remettre en lui disant que cela allait le remonter. A 7 heures du matin Gabriel Delanne se désincarnait à Auteuil, dans cette villa Montmeurency où Jean Meyer, Directeur de la Revue Spirite avait voulu que soient abritées les dernières années du vaillant pionnier de la doctrine spirite.

sur le site: http://spirite.free.fr/csl-delanne.htm

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

HEAVEN AND HELL–ALLAN KARDEC (6)

14. The belief in a future life is instinctive in the human mind; but, as men have hitherto possessed no clear and sufficient ground for this belief, their imagination has engendered the various religious systems that have given rise to the wide diversities of human worship. As the Spiritist doctrine of the future life is not a work
of imagination more or less ingeniously conceived, but is, on the contrary, deduced from, and confirmed by, the observation of physical facts that are now occurring under our eyes, it will continue to attract, as it has hitherto done, those whose convictions, on this most momentous of subjects, are divergent or unsettled, and will
gradually establish a unitary belief in regard to it; a belief that will be based, no longer on a mere hypothesis, but on a certainty. This unification of human conviction, in regard to the future existence of the soul, will be the first step towards the unification of the forms of worship; it will thus exercise a most important and decisive influence on all the various religions of the world, and will lead, first, to their mutual toleration of one another, and, eventually, to their fusion.

(Book: Heaven and hell – Allan Kardec).