sábado, 13 de março de 2010

COMO COMECEI A ESCREVER…

Atendendo a algumas solicitações enviadas por email (nasbrumasdamente@gmail.com), achei interessante reproduzir aqui uma rápida biografia que consta no nosso primeiro livro publicado em 2008. Lá vai:

Segundo me contam, desde pequeno sempre surpreendi meus pais com relatos de conteúdo mediúnico. Os fenômenos variavam em especificidade e intensidade. E durante a infância nunca cessaram de acontecer. Sem entendimento, minha família se viu na contingência de procurar orientação e o fez através de amigos espíritas. Durante a adolescência, a intensidade das manifestações
mediúnicas diminuiu, mas elas jamais deixaram de acontecer.
Talvez o momento emblemático tenha sido por volta dos vinte anos, quando as manifestações voltaram a se intensificar. Com o senso crítico já bem desenvolvido, e desde pequeno amante da literatura, acabei me interessando por algumas obras espíritas. E percebi, então, que o que acontecia comigo era uma oportunidade valiosa a ser aproveitada. Comecei a freqüentar o Grupo de Estudos Espírita Irmão Áulus, localizado bem próximo de onde residia.
Quando lá cheguei, já havia lido as obras básicas de Allan Kardec e, após comentar as manifestações mediúnicas que aconteciam comigo com bastante freqüência, fui convidado a permanecer no mesmo dia no grupo de estudos. Não demorou e me vi integrado ao grupo, e em plena atividade.
Habituado à leitura, certa noite, ao estudar um texto de “A Gênese”, de Allan Kardec, forte vontade de escrever me impulsionou a tomar lápis e papel. Imaginando não escrever nada além de reflexões pessoais, fui aos poucos tendo que pegar mais folhas em branco e, ao final, senti forte torpor em toda a minha cabeça.
Essa ocorrência se repetiu mais algumas noites até que, espontaneamente, sem que houvesse comentado o fato, fui estimulado através da mediunidade de outro companheiro de agrupamento mediúnico a me dedicar à atividade de psicografia. Durante aproximadamente dois anos, estive em intensa atividade de aprendizado, na qual pude constatar a presença de pelo menos doze
espíritos diferentes, que me exercitavam na recepção mediúnica, ao mesmo tempo em que muitos deles também aprendiam a se utilizar de um médium.
Terminada essa primeira etapa de preparação, passei a escrever uma obra que fluía com bastante naturalidade. Quando a obra encontrava-se em pleno desenvolvimento, vim conhecer o nome do autor. Foi a primeira vez que ouvi falar no nome de François Rabelais, para mim até então um completo desconhecido. Esse mesmo espírito emendou de imediato uma segunda obra, sob o título de “Nas Brumas da Mente”.
Apesar do intenso trabalho que a elaboração de suas obras exige de mim, tenho podido contar com intensa supervisão do espírito Frei Felipe, que me orienta no aprendizado, preparando-me para que alcance as devidas condições de recepção exigidas pelas obras mediúnicas. Frei Felipe tem se mostrado um tutor que com maestria atua de forma discreta sem jamais se ausentar, mesclando afabilidade e energia, quando as situações assim exigem. Creio poder dizer que sou o maior beneficiado de todo o processo, pois as respostas de muitas indagações íntimas têm sido encontradas através desse intercâmbio e do envolvimento nos ideais espíritas.

OBS: Esse relato consta no livro “NAS BRUMAS DA MENTE” publicado no ano de 2008.

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