quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ECTOPLASMA E ATP (3)

Autor: Jorge Andréa (médico psiquiatra) – Extraído da revista Espiritismo e Ciência nº 13.

NO DIZER DO PROFESSOR ALDEMAR BRASIL: “Em sítese, o ATP – que equivale por cada ligação piro-fosfática desgarrada de sua molécula, a mais ou menos 7.500 kcal – é a unidade usada em biologia para expressar a transferência de energia oriunda do ciclo de Krebs, e de outras fontes. No ciclo de Krebs, também denominado de ciclo dos ácidos tricarboxílicos, a energia é libertada pela transferência de elétrons para a cadeia respiratória, provindos de substratos em que o hifrogenio é ativado, desgarrado e transportado com seu eletron até o oxigênio, também atiçado ao receber esses elétrons, formando-se, então, a água. Para tanto, no ciclo de Krebs, há processos de descarbolização, desidrogenação, etc., operados por enzimas especificas ativadas por coenzimas determinadas”.


Qual o mecanismo criativo do eclotoplasma na organização do agente doador (sensível ou médium)? Claro que seria uma condensação energética apropriada transformando-se em matéria. A informação de André Luiz em Mecanismos da Mediunidade é bastante lógica e sensata: “O ectoplasma resulta de um processo de desagregação molecular formado por forças desconhecidas, ao mesmo tempo em que o fenômeno fica sob controle de campos de forças organizadoras capazes de reagrupar as moléculas segundo um modelo determinado”.
O fenômeno de ectoplasmia, é preciso que se diga, é fenômeno de plasmagem e não de criação de matéria. A plasmagem se dará às expensas da substancia (energia) fornecida pelo médium que, pouco a pouco, atingirá o processo de condensação, voltando à sua fonte por mecanismo inverso. Temos como certo, também, que o ectoplasma é substancia que, além de fornecida pela organização humana (médium), será plenamente enriquecida (completada) com outros elementos da natureza, provindos dos vegetais e de outras matérias orgânicas de origem animal, numa específica arregimentação.
Os chamados processos de ectoplasmia investem complexa mecânica, de difícil avaliação pelos atuais métodos que a ciência pode oferecer. Para que o fenômeno se observe e seja bem equacionado, haverá necessidade de lembrarmos o conceito de Claude Bernard de que na usina celular opera-se a totalidade dos fenômenos vitais, muitos dos quais transcendem a avaliação pelos nossos sentidos. A maioria desses fenômenos bioquímicos, mormemente de esfera da ectoplasmia, estaria ligada aos compostos fosforados e suas correlações com as enzimas e hormônios.

domingo, 20 de setembro de 2009

FENÔMENOS DE ECTOPLASMIA (2)

Autor: Jorge Andréa (médico psiquiatra) – Extraído da revista Espiritismo e Ciência nº 13.

O VOCÁBULO ECTOPLASMIA PASSA A DEFINIR, com mais precisão do que o termo materialização, a formação de objetos e pessoas em ambiente apropriado, às expensas da substância específica doada pelos sensíveis ou médiuns (ectoplasma; do grego ektós, por fora; plasma, molde ou substância). Devemos fazer diferença ente o termo ectoplasma empregado em biologia – para designar a região mais externa do protoplasma celular – e o significado parapsicológico do presente escrito.
O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência a solidificação pela evolução do fenômeno, tomando forma por influência de um campo organizador especifico. Facilmente fotografado, de cor branco-acinzentado, vai desde a névoa transparente à forma tangível, de aspecto semelhante aos tecidos vivos, oferecendo sensação de viscosidade e frieza.
O ectoplasma foi analisado por vários pesquisadores, dos quais destacamos as seguintes conclusões:
1 – Dr. V. Dombrowsky (Varsóvia); “O ectoplasma está constituído de matéria albuminóide, acompanhado de gordura e de células tipicamente orgânicas. Não forma encontrados amiláceos e açucares”.
2 – Dr. Francês (Munique); “Substancia constituída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e glóbulos de gordura”.
3 – Dr. Albert Scherenk-Notzing, citado por Charles Richet; “O ectoplasma está cosntituido por restos de tecido epitelial e gorduras”.
4 – Dr. Hernani G. Andrade; “O ectoplasma é substancia formada com recursos da natureza, originando-se dos tecidos vegetais (ectofiloplasma) de origem animal (ectozooplasma) e de origem mineral (ectomineroplasmal)”.
Muitos autores que analisaram a substancia encontraram células anucleadas em sua constituição. O ectoplasma seria substancia originária no protoplasma das usinas celulares, onde o ATP (trisfosfato de adenosina) teria expressiva participação, ao lado de outros elementos. Dessa forma, não podemos deixar de considerar a importância do fósforo nas atividades bioquímicas orgânicas e, conseqüentemente, no desenvolvimento do processo ectoplásmico em suas específicas dosagens.

sábado, 12 de setembro de 2009

FENÔMENOS DE ECTOPLASMIA (1)

Autor: Jorge Andréa (médico psiquiatra) – Extraído da revista Espiritismo e Ciência nº 13.


A ectoplasmia, conhecida de modo mais popular como fenômeno de materialização, pelos estudos e experiências criteriosas realizadas há um século aproximadamente, ainda vem despertando o mais expressivo interesse da área cientifica. Foi Charles Richet quem utilizou a denominação diante das pesquisas realizadas em sua época.
A parapsicologia, com os conhecimentos dos dias atuais, tem por obrigação fazer a abordagem da temática, no capitulo dos fenômenos psi-theta (espíritas). Devido à existência de inúmeros fatos, a ectoplasmia não pode ser relegada ao desconhecimento ou mesmo à falta de interesse, como desejam algumas posições sectaristas.
A ciência avalia os fenômenos de ectoplasmia com desconfiança. Como todo fenômeno psi-theta, a ectoplasmia não pode ser controlada de acordo com as diretrizes e vontade do pesquisador. Essa fenomenologia, em que os Espíritos participam, é quase sempre fugaz, de difícil abordagem e controle, pela presença de inúmeros fatores que se desenvolvem em dimensão diversa daquela que a metodologia cientifica pode avaliar e controlar.
Laboraram nestes fatos inúmeros pesquisadores, dos quais lembramos: Albert Coste, em 1895; Alexandre Aksakof (1832-1903), em 1895; Paul Gibier (1851-1900), em 1998; William Crookes (1832-1919), em 1899; Gabriel Delanne (1857-192images6), em 1909 e 1911, e muitos outros.
Os autores são categóricos em afirmar a inconteste existência dessa mecânica, na qual dois elementos entram, indiscutivelmente, no processo: o ectoplasma e o agente orientador para que a moldagem se observe. De um lado, a matéria ectoplásmica, fugaz e vaporosa e, do outro, o campo organizador da forma (campo espiritual), as espessas do qual o ectoplasma se distribui em adequada moldagem.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

PESQUISADORES DO ESPÍRITO (2)

Alfred Russel Wallace nasceu em Usk, Monmouthshire, na Inglaterra, em 8 de janeiro de 1823 e morreu em Broadstone, Dorset, também na Inglaterra, a 7 de novembro de 1913.

Trabalhou, inicialmente, como topógrafo e arquiteto. Por volta de 1840 começou a interessar-se por botânica. Em 1848, iniciou viagem pelo Amazonas, ali permanecendo até 1850.

Em 1858, numa reunião da Sociedade Linneana de Londres, é apresentado conjuntamente um resumo da teoria de Darwin sobre a evolução das espécies e um ensaio de Wallace sobre o mesmo assunto, tomando como base a seleção natural.

“Na seleção natural não poderia justificar o gênio matemático, artístico ou musical, nem concepções metafísicas, razão ou humor e que algo no “invisível universo do Espírito” havia intercedido no processo evolutivo pelo menos em três momentos distintos:
1. Na criação da vida a partir matéria inorgânica
2. A introdução da consciência nos animais superiores
3. A geração das faculdades acima mencionadas no espírito humano”.

Em1865 investigou os fenômenos das mesas girantes e a mediunidade, afirmando que as comunicações com espíritos são inteiramente comprovadas como qualquer outros fatos da ciência. Via uma direção superior no processo evolutivo. Escreveu um livro que trata do Espiritismo e suas observações “O Aspecto científico do Sobrenatural”.

Alfred Russel Wallace recebeu, em 1892, a Medalha de Ouro da Sociedade Linneana, prêmio que se concede, todos os anos, a um botânico ou zoólogo cujo trabalho tenha importância significativa para o avanço da ciência.

“Eu era, diz Wallace, um materialista tão convencido, que não admitia absolutamente a existência espiritual, nem qualquer outro agente do Universo além da força e da matéria. Os fatos, entretanto, são coisas pertinazes. A minha curiosidade foi primeiro excitada por alguns fenômenos ligeiros, mas inexplicáveis, que se produziam em uma família amiga; o desejo de saber e o amor da verdade forçaram-me a prosseguir nas pesquisas. Os fatos tornaram-se cada vez mais certos, cada vez mais variados, cada vez mais afastados de tudo quanto a ciência moderna ensina e de todas as especulações da filosofia dos nossos dias, e, afinal, venceram-me. Eles me forçaram a aceitá-los como fatos, muito antes de eu admitir a sua explicação espiritual – não havia nesse tempo, em meu cérebro, lugar para esta concepção – pouco a pouco, um lugar se fez, não por opiniões preconcebidas ou teóricas, mas pela ação continua de fatos sobre fatos, dos quais ninguém se podia desembaraçar de outra maneira. O Espiritismo está tão bem demonstrado quanto a lei de gravitação”. – Alfred Russel Wallace, autor conjunto da teoria da evolução das espécies.