sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ESPIRITISMO: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS III

O terceiro de quatro artigos que achamos interessante compartilhar em nosso blog, com as devidas referências.



O Espiritismo tem uma componente científica. Agora, são os cientistas não espíritas que o vêm comprovar. Vamos hoje continuar com experiências científicas que provam a eficácia da fluidoterapia, prática comum nas associações espíritas, que engloba o passe espírita (transmissão do magnetismo humano mais energias espirituais para a pessoa necessitada) e a água magnetizada por essas mesmas energias.


A Drª Dolores Krieger, doutora em Filosofia, prof. de Enfermagem na Universidade de Nova Iorque «...teve oportunidade de observar o desempenho do Coronel Stabany (um conhecido curador Húngaro, reformado do exército, com fama de ter capacidades magnéticas curativas) durante várias semanas de cada verão, numa clínica (provisória) de cura. Ela ficou impressionada com a quantidade de pessoas, cuja saúde melhorava, inclusive casos dados como perdidos pela medicina.» (As Curas Paranormais - como se processam, cap. 13, 10ª ed.; São Paulo: Pensamento, 1995).


Assim sendo, ela decidiu investigar. Utilizou um grupo de vários doentes, e solicitou o apoio do Coronel Stabany e da Dr.ª Otelia Bengssten, MD (médica), bem como da Sr.a Dora Kunz (vidente). Um grupo recebeu tratamento directo, por imposição das mãos. A Dr.ª Krieger mediu os níveis de hemoglobina, antes e depois do passe magnético (imposição das mãos) efectuado pelo Coronel Stabany, e «Constatou a ocorrência de aumentos significativos nos níveis de hemoglobina dos pacientes do grupo que recebeu o passe» (Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro, cap. VIII, 12ª ed.; São Paulo: Cultrix).


«A tendência para a energia curativa elevar os níveis de hemoglobina era tão forte, que pacientes cancerosos submetidos à cura, por imposição das mãos, apresentaram ocasionalmente elevações nos níveis de hemoglobina, apesar de estarem a ser tratados com quimioterapia.» (Gerber, cap. VIII, 1997). «Foi demonstrado que as elevações nos níveis sanguíneos de hemoglobina indicavam, com segurança, a ocorrência de verdadeiras alterações bioenergéticas e fisiológicas, produzidas pela aplicação das energias curativas.» (Gerber, cap. VIII, 1997).


Mas não foi somente esta cientista que pôde comprovar a acção eficaz da fluidoterapia através do passe magnético (imposição das mãos). Uma outra cientista decidiu investigar outras áreas.


O passe espírita, com imposição das mãos, bem como a água magnetizada pelos curadores, influem positivamente na saúde física e psíquica das pessoas.
A Dr.ª Justa Smith, freira franciscana, bioquímica e enzimologista, recebeu o título de doutora em pesquisa original sobre os efeitos dos campos magnéticos na actividade da enzima. Em 1967 era presidente do Departamento de Ciências Naturais, num colégio particular em Rosary Hill, Buffalo, USA.


Ela pensou da seguinte maneira: «As enzimas são os catalisadores do sistema metabólico. Qualquer cura, ou doença, primeiramente, deve activar o sistema enzimático. E raciocinou que se os campos magnéticos podiam aumentar a actividade da enzima tripsina digestiva - o que ocorria na sua pesquisa - e se a luz ultravioleta podia diminuir a actividade - o que ocorria na sua pesquisa - então qual o efeito sobre a mesma enzima que poderia ocorrer na imposição de mãos - se é que havia? E decidiu descobrir. A Dr.ª Smith propôs, inicialmente, comparar os efeitos da imposição de mãos do Coronel Stabany sobre a enzima tripsina, com os efeitos do campo magnético sobre a mesma enzima, bem como sobre os controles. Para fazer isso, preparou soluções de tripsina, as quais foram depois divididas em quatro frascos de vidro... um deles foi tratado pelo Coronel Stabany, que simplesmente colocou as suas mãos ao redor do frasco tapado, durante um espaço máximo de 75 minutos. O segundo ficou exposto à luz ultravioleta no comprimento de onda mais prejudicial para a proteína (o Dr. Bernard Grad sugerira que a enzima se tornasse "doente", a fim de demonstrar a evidência da cura). Um terceiro frasco foi exposto a um campo magnético elevado (8.000 a 13.000 gauss), com acréscimos horários de até 3 horas. O quarto, não tratado, era o controle. Os resultados de um mês de estudo demonstraram que a energia ou força proveniente das mãos do Coronel Stabany activavam as enzimas, quantitativa e qualitativamente, comparáveis à actividade originada por um campo magnético de 8.000 a 13.000gauss. Isso representa uma actividade muito significativa, considerando que vivemos num campo magnético médio com cerca de 0,5gauss. Os efeitos nas enzimas danificadas (expostas á luz ultravioleta) foram essencialmente os mesmos. Os resultados... indicam que algum tipo de energia foi canalizada pelas mãos do Coronel Stabany, sendo suficiente para activar as enzimas em um grau significativo» (Meek, cap. 13, 1995).

José Lucas – Portugal

Bibliografia: "Fluidoterapia: Evidências Científicas", trabalho apresentado pela Associação Cultural Espírita (Caldas da Rainha - Portugal) no 2º Congresso Espírita Mundial, Lisboa, 1998

domingo, 16 de outubro de 2011

ESPIRITISMO–EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS II

Dando continuidade a série de 4 artigos, eis o artigo de número dois.

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A prática do Espiritismo tem uma componente científica. Agora, são os cientistas não espíritas que o vêm comprovar. Vamos hoje continuar com experiências científicas que provam a eficácia da fluidoterapia, prática comum nas associações espíritas, que engloba o passe espírita (transmissão do magnetismo humano mais energias espirituais para a pessoa necessitada) e a água magnetizada por essas mesmas energias.
O Dr. Bernard Grad, bioquímico e pesquisador de geriatria no «McGill University's Allen Memorial Institute», no Canadá, fez experiências muito interessantes na Universidade de McGill, Montreal, Canadá na década de 1960. O trabalho do Dr. Grad a respeito da cura pelo toque das mãos foi reconhecido e Grad recebeu um prémio da Fundação CIBA, uma fundação científica fundada por um grande laboratório farmacêutico. Ele efectuou experiências com sementes de cevada, com ratos e análise da estrutura molecular da água.
Nas suas experiências com sementes de cevada, Grad fez o seguinte:
Substituiu humanos por plantas e animais, para evitar o efeito placebo.
Colocou sementes de cevada de molho em água salgada (retarda o crescimento), com objectivo de criar plantas doentes. Pediu a um curador psíquico (um passista) que fizesse imposição das mãos sobre a água salgada (água tratada), num recipiente, que seria usada para a germinação das sementes.
As sementes foram colocadas em água salgada (tratada pelo passista e não tratada). Foram colocadas de seguida numa estufa, onde o processo de germinação e crescimento foi acompanhado.
Bernard Grad verificou que as sementes submetidas à água tratada pelo passista germinavam com maior frequência do que as outras.
Depois de germinadas, as sementes foram colocadas em potes e mantidas em condições semelhantes de crescimento.
Após várias semanas, e de acordo com uma análise estatística, as plantas regadas com a água tratada eram mais altas e tinham um maior conteúdo de clorofila. (Medicina Vibracional, Ed. Cultrix, Richard Gerber, 1997).
Bernard Grad efectuou outra experiência muito interessante:
Grad lembrou-se de dar a água para pacientes psiquiátricos segurarem. Essa mesma água foi depois usada para tratar as sementes de cevada. A água energizada pelos pacientes que estavam seriamente deprimidos, produziu um efeito inverso ao da água tratada pelo passista: ela diminuiu a taxa de crescimento das plantinhas novas (Jeanne P. Rindge in As Curas Paranormais, George W. Meek, Ed. Pensamento, 10ª edição, 1995, Cap. 13, pp. 158-159).
O passe espírita é uma transfusão de energias psíquicas e espirituais que alteram o campo celular, contribuindo assim para a saúde física e psíquica da pessoa necessitada
Ainda numa outra experiência:
«...Grad analisou a água quimicamente para verificar se a energização (através do passe pela imposição das mãos) havia provocado alguma alteração física mensurável. Análises por espectroscopia de infravermelho revelaram a ocorrência de significativas alterações na água tratada pelo passista... o ângulo de ligação atómica da água havia sido ligeiramente alterado... bem como diminuição na intensidade das ligações por pontes de hidrogénio entre as moléculas de água... e significativa diminuição na tensão superficial.» (Gerber, 1997).
Bernard Grad efectuou ainda experiências com ratos. Numa delas,
Grad produziu a doença do bócio em ratos e separou-os em dois grupos. Contactou um famoso curador, o Coronel do Exército Húngaro, aposentado, Oskar Stabany, que pegava nos ratos durante 15 minutos de cada vez, durante 40 dias.
Embora todos os animais apresentassem um aumento da tiróide, «os ratos pertencentes ao grupo tratado pelo curador apresentavam uma proporção significativamente mais baixa de casos de bócio.» (Gerber, 1977).
Numa outra experiência, Grad pegou em:
48 ratos que foram submetidos a uma pequena cirurgia e separados em 3 grupos.Um dos grupos foi tratado pelo curador (passista).
«Nos ratos pertencentes ao grupo tratado pelo curador, o processo de cicatrização das feridas era significativamente mais rápido.» (Gerber, 1997).
Estes estudos foram comprovados pelos Drs. Remi J. Cadoret e G. I. Paul, na Universidade de Manitoba, em condições de rigoroso critério, que concluíram: «os ratos tratados por pessoas dotadas de poderes curativos apresentaram uma velocidade de cicatrização significativamente maior.» (Gerber, 1997).

José Lucas – Portugal


Bibliografia: "Fluidoterapia: Evidências Científicas", trabalho apresentado pela Associação Cultural Espírita (Caldas da Rainha - Portugal) no 2º Congresso Espírita Mundial, Lisboa, 1998

domingo, 9 de outubro de 2011

DO SÉCULO DAS LUZES (CRÍTICA LITERÁRIA)

Despontou no mercado editorial uma obra como há muito não se via. No geral um romance histórico, que desfila dramas pessoais e guarda belas lições morais, mas por detrás desta bem conhecida configuração da literatura mediúnica guardam-se algumas jóias filosóficas: teorias sobre a história, a sociedade e a liberdade, que nos fazem lembrar os grandes clássicos de Emmanuel. Nada do mundo espiritual, nem vampirismos ou licantropia, magia negra e xamanismos ou qualquer destes atrativos da imaginação que abarrotam as estantes, desonrando conceitos sérios em paródias infantis redigidas em péssimos português.

Do século das luzes, de Rafael de Figueiredo, é uma obra sóbria do começo ao fim. Simples, no melhor sentido da palavra, junta o virtuosismo literário à clareza que o torna acessível a todos os leitores. Uma obra com camadas, que comove pela narrativa, alimenta a curiosidade ou retrata uma fase pouco conhecida dos primórdios do espiritismo; ou um pouco de tudo isto junto.

Mesmo o seu processo de redação traz peculiaridades dignas de nota. O autor revela no prefácio que o panorama geral do livro lhe surgiu em sonhos muito vívidos, e que inúmeros espíritos colaboraram para o seu desenvolvimento, de modo que é relativamente vaga a autoria espiritual.

Uma outra característica que salta aos olhos é a presença de citações diretas de outros autores do período, algo incomum para o gênero psicográfico, e que no caso da obra de Rafael parece cair como uma luva. O desenvolvimento psicológico das personagens batem rigorosamente com o desenvolvimento da sociedade nas décadas que antecedem a Revolução Francesa, e os estudos feitos por elas a respeito de filósofos como Rousseau, Voltaire, Kant e Platão lançam novas e instigantes perspectivas sobre o papel deles na emancipação intelecto-moral da humanidade, sem o que o Espiritismo e outros avanços do século XIX seria impensável.

O livro revela também partes da vida e do caráter de Mesmer, com quem conviveram brevemente os protagonistas; incomoda pela descrição vívida dos terrores do Santo Ofício em fins do século XVIII e na pátria do progresso; arrebata a alma através do desenrolar da vida de Jean, santo anônimo como as figuras humildes e grandiosas de Emmanuel; transporta-nos, enfim, para a vida campestre e monástica da França absolutista, fazendo-nos conhecer bordéis e salões com tanta riqueza de detalhes que, não se tratasse de obra espirita, deveria garantir prêmios e títulos ao autor.

Mas o que mais nos motiva a celebrar este livro é o fato de termos encontrado nele algumas das teses principais que defendemos aqui neste caderno virtual. De certa forma ele preenche uma das muitas pequenas lacunas que tentamos cobrir com um estudo histórico e filosófico do Espiritismo. As linhas de conexão entre o Iluminismo e o Espiritismo são aí evidentes. Os conflitos graves experimentados por intelectuais e almas nobres vinculadas ao catolicismo, tendo de rever muitas de suas posições fundamentais graças ao progresso realizado por aquele século, retrata perfeitamente a guerra ideológica ainda vivida entre o novo e o velho, a liberdade e a autoridade.

Agradecidos, guardamos a esperança de receber outras obras tão ilustradas da mediunidade florescente de Rafael de Figueiredo.

FONTE: Humberto Schubert Coelho – autor do livro “Genealogia do Espírito”, publicado pela FEB em 2009.

(link:http://filosofiaespiritismo.blogspot.com/2011/10/do-seculo-das-luzes-critica-literaria.html)