quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Produtores já trabalham em continuação do filme "Nosso Lar"

Os produtores de "Nosso Lar", baseado em obra de Chico Xavier e que já levou 2 milhões de espectadores aos cinemas, preparam o longa "Nosso Lar 2".

Ele será uma adaptação de "Os Mensageiros", segundo livro do espírito André Luiz psicografado por Xavier. Wagner de Assis será novamente o diretor.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha desta terça (21).

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Produtores de "Nosso Lar" têm planos para série de TV

Os produtores do longa-metragem espírita "Nosso Lar", um fenômeno de bilheteria, têm os direitos para transformar a história também em uma série de TV.

A Folha apurou que os produtores avaliam que o sucesso no cinema possa dar forças para a história sobre a vida após a morte ser transportada para a TV. Na televisão, acham que poderiam ser abordadas muitas das partes do livro que ficaram fora do filme.

Não há negociação com emissoras ainda, mas a Globo já deixou claro que quer investir nesse segmento, uma vez que a novela "Escrito nas Estrelas" e a série "A Cura", ambas espíritas, tiveram bom desempenho.

A informação é da coluna Outro Canal, assinada interinamente por Laura Mattos e publicada na Folha deste domingo (19).

Cena do filme "Nosso Lar"

Cena do filme "Nosso Lar", que atingiu a marca de dois milhões de telespectadores

domingo, 19 de setembro de 2010

AVE, ALLAN KARDEC!

Nos programas de Deus, nos projetos da Vida, são poucas as vezes em que o cérebro humano consegue penetrar, com o necessário aprofundamento.
A Terra jazia sob névoa escura, no açodar de forças desconexas. Mutilados os sentimentos; acirrados os temperamentos rebeldes; ensombrada a Ciência, em face de absurdo materialismo; niilismo na Filosofia e treda vaidade nas academias, quanto nos salões culturais...
A cegueira da fé que se debatia por entre paredes frias, sob as naves vazias dos templos mortiços. Apregoava-se o nome do Senhor, mantendo-O, todavia, à distância das práticas religiosas...
Em meio a essa hecatombe, nos arraiais da cultura francesa, o racionalismo penetrava de modo insopitável.
Bonaparte, o Corso, que fizera-se imperador, belicoso, vociferando loucuras, após abaladas as bases dos seus compromissos mais nobilitantes para com a existência, armava-se contra a Igreja, liderada por Pio VII...
Eram dias atrozes, em que não parecia haver solução para os enigmas do pensamento, para o questionamento da fé ou para as conclusões filosóficas que, amadurecidas, conduzissem a mentalidade humana para as reflexões acuradas...
O povo continuava relegado e a miséria grassava, desafiadora, enquanto os intelectuais vaidosos se debatiam entre discussões intérminas, que a lugar nenhum logravam conduzir.
É nesse momento que os corações sofredores do orbe lançam aos Espaços Infinitos a sua litania que atinge os Ouvidos Divinos. Nesse período histórico, os ais da Humanidade rompem as distâncias mentais para comoverem os Céus.
A programática celeste, desde muito, preparava o instante ideal, para o advento da Luz.
Abrindo-se os Céus, lançam-se as Coortes dos Espíritos Nobres, em alamedas de estrelas, espargindo lucidez nos ensinos de escol.
Enviam batedores, achanadores, preparadores. As notícias chegam a todos, como rastilho incendiado. A vila de Mr. Hyde explode fenomênica e torna-se berço da Nova Era. As mesas contam, cantam, movimentam-se, deixando estupefatos os observadores, quanto embalam os frívolos de todos os tempos...
A América treme, a Europa se agita...
Atuam, diligentes, as Hostes do Consolador. Do gabinete excelente, entre estudos profundos, vão buscar a personalidade gigantesca, protagonista da epopéia futura... A Falange da Verdade prepara-se para admoestar a vacuidade e estabelecer um império novo, agora sobre as consciências, dinamizando o amor e burilando a cultura; dando razão à fé e iluminando o conhecimento.
Inaugurando novo período para o pensamento humano, com a força do ideal e o apoio de insuperável grandeza, surge como um Astro, pintando de luz a escuridade da noite terrena, a figura apostolar de Léon Rivail.
*   *   *
Não mais se discutem as afirmativas revoltosas de Chaumette, tentando substituir, pela Razão convertida em nova divindade ateísta, que ele fazia representada por jovem figura do meretrício parisiense, a força ideológica dos representantes da Notre Dame.
Já não se levantam questões em redor de Danton, de Marat, de Robespierre, nos seus ideais revolucionários.
Bruxuleavam as chamas inquisidoras, nos seus últimos estertores. A letra morta, que Lutero tivera a coragem de retirar da escuridão da cripta para a claridade do dia, já não alimentava, devidamente, as almas carecentes, tornando-se necessário ajuntar o espírito vivificante que motiva à vida.
Agora é uma nova luta que se trava na Terra.
Os Imortais lançam-se das imensidões e aportam o orbe. O Missionário escolhido identifica-se com a Missão. Concebe sua pujança e olvida os próprios interesses, adotando o criptônimo que lhe correspondia ao antigo nome, quando cantara a fraternidade, sob carvalhos seculares, nas florestas gaulesas, na  condição de grave sacerdote, Allan Kardec.
*   *   *
Impondo-se portentoso trabalho, Kardec organiza os ditos dos Espíritos do Senhor. A Codificação do Espiritismo fulgura para o mundo.
Não mais deuses de pedra insinuando-se como verdadeiros, para as consciências atreladas à ignorância...
O Senhor dos Mundos, expulso, antes, do território francês, retorna, convertido na Inteligência Suprema, causadora de tudo quanto existe, nas Vozes gloriosas dos Céus...
Nunca mais os numes belicosos, nem o senhor dos exércitos, caprichoso, destruindo os seus adversários, para consumi-los, aterradoramente...
Com Kardec, na formidável Codificação, os filhos de Deus são imortais por essência. Indestrutíveis, deverão retornar ao plano das lutas, sempre que necessário, até coroarem-se com a fulguração evolutiva.
Em passos lentos, se vai despegando a criatura do pavor e das superstições, elucidada quanto à realidade do Espírito, galgando os roteiros da fé refletida, raciocinada, de modo a poder vivê-la, senti-la, sofrê-la, se preciso.
Jesus Cristo volve aos caminhos das ovelhas perdidas da Casa de Israel. Convoca os Espíritos corajosos a seguirem-No. Deixa que falem ao mundo, aqueles que se supunham mortos ou eram tidos como tais. A mediunidade é ponte levadiça, unindo a Terra aos Estuários Divinos, atendendo aos sofredores em quaisquer condições e coletando as messes luminosas do Mais Alto.
A interpretação das lições do Nazareno faz-se clara. O entendimento das verdades do Evangelho, com o Espiritismo, é palpável.
A mensagem consola e orienta, propõe que se amem as criaturas e que, ao mesmo tempo, desenvolvam-se, instruam-se. E a vida se faz lógica, compreensível.
Com Allan Kardec, a Doutrina Espírita avança. Ao decaído, estende a mão que socorre e o arrimo que o apruma, em nome da caridade. Aos que estão de pé, fala-lhes de sua missão no mundo, sem que se percam na inutilidade vaidosa ou nos labirintos da impiedade. A ninguém promete salvação, embora faculte paz pelos compromissos devidamente atendidos. Ninguém vai ameaçado com os terrores infernais, entretanto, todos tomam posse das noções de responsabilidade à frente dos próprios atos.
E, quando o Bandeirante da Verdade tomba, rompendo as cadeias que o detinham no chão terrestre, prossegue além, vencidas as pelejas humanas, atendendo aos serviços de Jesus, cuidando das almas sofridas e em processo de brunimento, que ainda se acham vinculadas aos processos planetários.
Legítimo Benfeitor da Humanidade, na vibração que a tua memória enseja, dizemos:
- Ave, Allan Kardec! Teus discípulos novos e singelos, saudamos-te, nos umbrais da Era Nova, que impulsionaste com tua luta.

Camilo.
Psicografia de J. Raul Teixeira
Em 05.07.2010.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

MAIS UM FILME SOBRE A VIDA DE CHICO XAVIER

MÃES DE CHICO XAVIER

Três mães vêem sua realidade se transformar por completo... São elas: Ruth, cujo filho adolescente, Raul, enfrenta problemas com drogas; Elisa, que tenta suprir a ausência do marido dando total atenção ao filho, o pequeno Theo, e Lara, professora que enfrenta o dilema de uma gravidez não planejada. Essas três mulheres, vivendo momentos distintos de suas vidas, buscam conforto junto a Chico Xavier. E o repórter Karl permanece insistindo em entrevistar o médium, mesmo sem estar preparado para isso...

Breve mais informações.

domingo, 12 de setembro de 2010

Именно Он открыл для нас Мир Духов!

Fichier:AllanKardec.jpg

Ипполит Лев Денизард Ривай родился в Лионе в 1804 году в семье юриста. Он посещает начальную школу до 10 лет. Но, его богатая буржуазная семья
решает отправить Ипполита заграницу для окончания учебы до конца наполеоновской эпохи.

Он стал стажером в замке Ивердон, у озера Нешатель, у знаменитого учителя Жоана Генриха Песталози, который начинает практиковать принципы
"Эмиля" Руссо. В этой "взаимной школе" он учится с молодыми представителями высшего европейского общества. Он свободно говорит на многих языках,
таких как английский, немецкий или нидерландский.

Он обсолютный позитивист,  не верил в сверхестесство. Именно в качестве педагога позитивизма он начал изучать сеансы крутящихся столов.
Его так же просят правильно сформировать полученные сообщения во время спиритических сеансов. Это даст "Книгу Духов".

Впервые он обнаруживает крутящиеся столы в 1855 году, практика пришедшая из США. Именно в эту эпоху он берет себе прозвище Алан Кардек, имя,
которое он носил в прошлой жизни, когда был друидом, по его мнению. При помощи медиумов, он общается на протяжении многих лет с различными
Духами и получает он них знания. Важная часть которых была написана в Книге Духов (1857), в Книге Медиумов. Таким образом Кардек выпускает 5
основных книг про спиритизм, которые продолжают переиздавать и в наши дни. Он также основал Журнал Спиритизм, выпускаемый в наши дни на
многих языках.

Он умирает от аневризмы в 1869 году.
Похоронен Алан Кардек на кладбище Пер-Лашез в Париже. На его могиле, его девиз : " Родиться, умереть, возродиться снова и постоянно
совершенствовать, таков-закон". Это именно Камий Фламарион произносит перед его могилой слова Алана Кардека : " Спиритизм-это не Религия, это
Наука".

ELEIÇÕES, CALÚNIA E BOM SENSO

O espírita não pode ser alguém alheio aos movimentos sociais. Antes de tudo devemos ser participativos. Se desejamos realmente viver em um mundo melhor devemos estar dispostos a fazer nossa parte. Acho que todos estamos de acordo nessa questão.

Entretanto, nesses últimos dias algo tem me chamado muito a atenção. Venho recebendo constantes emails que tratam de questões referentes as eleições no Brasil. Textos, fortes, apelativos, sem nenhuma comprovação de autenticidade, sem assinaturas, e que me fazem pensar nos textos vis que eram forjados em épocas de convulsões sociais através da história. Não quero aqui fazer defesa de um ou outro candidato político. Longe disso. Esse texto aborda a ética e não a política.

Me apegando ao romatismo do passado, quando os escritores apelavam para a justiça, me utilizo da escrita para  estimular algumas reflexões. Pois, antes de tudo, o espírita deve ser um defensor da justiça e do bom senso. E não me parece certo nos engajarmos em campanhas difamatórias. Tudo bem que tenhamos nossas convicções políticas, é perfeitamente normal que façamos nossas opções e exerçamos nosso direito de cidadão.

Entretanto, qual é uma das principais reclamações do povo brasileiro com relação a política? Não seria a falta de ética? A corrupção?

E estamos fazendo o quê quando ficamos repassando emails que não conhecemos a origem, que não sabemos se são verdadeiros ou não? Não é a toa que temos os políticos que temos, eles são fruto de nossa sociedade. Espíritas, calúnia é uma forma de caridade?

Todos temos o direito de acreditar no que quisermos, em emails sem comprovação, em informações sem assinaturas, mas ao repassar isso devo estar ciente que me torno um caluniador. E depois com que moral poderemos cobrar ética entre a classe política?

Se depois de refletirmos ainda optarmos por continuar achando esse tipo de atitude normal que, por favor, ao menos deixemos de importunar os outros lotando suas caixas de email. Porque nesse caso não somos somente caluniadores, mas também chatos.

Apelemos ao bom senso e reflitamos.

Todos nós queremos viver em um mundo melhor, comecemos por dar o exemplo.

sábado, 11 de setembro de 2010

OUR HOME

The movie “Our Home” in english version based on the book by Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier).

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

NOSSO LAR BATE RECORDE E CONFIRMA NOVO SEGMENTO CINEMATOGRÁFICO

Em apenas 5 dias, filme vendeu 1 milhão de ingressos. Maiores bilheterias até então levaram cerca de 7 dias para atingir o número

Poster de Nosso Filme

Baseado no livro mais vendido de Chico Xavier, Nosso Lar, de Wagner de Assis, teve um dos maiores investimentos da FOX Film Brasil

São Paulo - Lançado na última sexta-feira (03), véspera de feriado prolongado, o filme "Nosso Lar" já alcançou mais de 1 milhão de ingressos vendidos e garantiu um recorde: foi a obra que mais rapidamente atingiu essa marca de espectadores na história do cinema brasileiro.
Baseado no livro psicográfico mais vendido de Chico Xavier, o filme homônimo, de Wagner de Assis, teve um dos maiores investimentos de distribuição da FOX Film Brasil em todos os tempos: R$ 20 milhões. Metade deste valor já foi arrecadado nas bilheterias em menos de uma semana. De acordo com Patrícia Kamitsuji, presidente da companhia, o valor investido é praticamente o triplo do que se gasta normalmente em uma grande produção nacional, o que justifica parte da estrondosa bilheteria alcançada até então.

“Nosso Lar inaugurou muitas coisas no mercado brasileiro. Por exemplo, os efeitos especiais, que atingiram no filme um nível que nenhuma outra produção brasileira alcançou", diz Patrícia. O filme conseguiu também parcerias valiosas, como a do ilustre compositor Philip Glass, responsável pela trilha sonora. Teve ainda Ueli Steiger (de "O Dia Depois de Amanhã") na direção de fotografia. Dos parceiros financeiros, o únivo investidor que aceita divulgar o nome é o Banco BRJ. A obra teve incentivos de empresas e pessoas físicas, além de instituições como a Federação Espírita Brasileira, que cedeu os direitos autorais do livro para a adaptação.

De acordo com Patrícia, "Nosso Lar" tem tudo para demonstrar que os filmes espíritas deixaram de ser um nicho para, de fato, se tornar um segmento do mercado cinematográfico. E que segmento. Apenas dois anos atrás, o filme "Bezerra de Menezes" obteve 500 mil pagantes em todo o tempo de exibição. Foi um lançamento tímido, mas que abriu os olhos do mercado para o produto espírita. Em abril deste ano, "Chico Xavier" entra em cartaz e aponta o crescimento: em 8 dias, 1 milhão de pagantes. Nos últimos 5 dias, o filme de Wagner de Assis superou mesmo comédias como "Se eu fosse você II", que em seu lançamento, demorou 6 dias para atingir a marca de 1 milhão de espectadores.

O salto no faturamento deste gênero de filmes demonstra não apenas um crescimento na demanda, mas principalmente na oferta para o público. Se em 2008, "Bezerra de Menezes" era lançado em apenas 44 salas de cinema no Brasil inteiro, hoje "Nosso Lar" tem um lançamento 10 vezes maior, podendo ser assistido em 445 salas do país. O alto investimento só reforça que o público sempre existiu. O que faltava era oferta. E pelo visto, o mercado cinematográfico se deu conta disso.

Fonte: Portal Exame

terça-feira, 7 de setembro de 2010

ALLAN KARDEC

Fichier:AllanKardec.jpg

Hippolyte Léon Denizard Rivail est né à Lyon en 1804 dans une famille de juristes. Il va à l'école primaire locale jusqu'à ses 10 ans. Mais, sa riche famille bourgeoise l'envoie à l'abri des troubles de la fin de l'époque napoléonienne terminer ses études à l'étranger.

Il devient interne au château d'Yverdon, sur le lac de Neuchâtel, chez le célèbre pédagogue Johann Heinrich Pestalozzi qui met alors en pratique les principes de l'"Emile" de Rousseau. Dans cette "école mutuelle", il apprend avec d'autres jeunes gens de la bonne société européenne. Il parle de nombreuses langues vivantes, comme l'anglais ou l'allemand ou le néerlandais.

Il est un grand positiviste, pas du tout tourné vers le surnaturel. C'est en cette capacité de pédagogue positiviste qu'il est sollicité pour superviser des séances de tables tournantes. On lui demande aussi de mettre de l'ordre dans les communications des esprits reçues lors de séances. Cela donnera Le livre des Esprits.

Il découvre les tables tournantes en 1855, pratique venue des États-Unis. C'est à cette époque qu'il prend son surnom d'Allan Kardec, nom qu'il pense correspondre à celui qu'il portait lors d'une vie antérieure, alors qu'il était druide. Par le biais de différents médiums, il converse plusieurs années avec toutes sortes d'esprits et en tire un enseignement. L'essentiel est écrit dans Le livre des Esprits (1857), Le livre des médiums. Kardec produit ainsi les cinq livres fondamentaux du spiritisme, continuellement réédités jusqu'à nos jours. Il fonde également La Revue spirite, magazine encore publié aujourd'hui, dans plusieurs langues.

Il meurt d'un anévrisme en 1869.

Il est inhumé au cimetière du Père-Lachaise, à Paris. Au-dessus de sa tombe, sa devise : « Naître, mourir, renaître encore et progresser sans cesse, telle est la Loi ». C'est Camille Flammarion qui prononce son éloge funèbre et affirme comme Kardec que « le spiritisme n'est pas une religion, mais c'est une science... ».

domingo, 5 de setembro de 2010

TESTEMUNHO DE UM ESPÍRITO

Na noite de minha alma, sentado na viela escura do desespero contemplava atônitamente de olhar vazio as parcas estrelas que cintilavam no céu. Mergulhado em angustiantes reflexões divisava os quadros de minha atual existência desfilarem para minha observação.

Vi o dia primeiro em que infantilmente me permiti motivar por alguns amigos a fazer minha estréia nos alcoólicos. Oh, perdição de minha vida! Querendo parecer integrado ao meu grupo de companheiros, temendo sua reprovação, esquecia-me da educação familiar recebida e abusava da bebida. Encontrava no copo minha satisfação.

Em pouco tempo passei também a fumar escondido, no começo para demonstrar o quanto era independente em minha decisões, pelo menos era assim que acreditava. Poucos meses depois estava fumando todos os dias. Por vezes abusava da maconha, mas do que gostava mesmo era de passar a noite em um bar.

Quando completei meus dezoito anos assumi perante minha família o hábito de fumar que até então escondia. Meus pais acreditavam que concedendo a mim o direito por minhas próprias decisões e, com isso tendo eu que arcar com as conseqüências das mesmas, aprenderia a ter responsabilidade por meus próprios atos. Como lamento que assim tenha sido, é certo que me revoltaria se tentassem me regular, mas como uma repreensão, uma palavra que me abrisse os olhos, me teria dado o que refletir.

Quando completei meus dezoito anos assumi perante minha família o hábito de fumar que até então escondia. Meus pais acreditavam que concedendo a mim o direito por minhas próprias decisões e, com isso tendo eu que arcar com as conseqüências das mesmas, aprenderia a ter responsabilidade por meus próprios atos. Como lamento que assim tenha sido, é certo que me revoltaria se tentassem me regular, mas como uma repreensão, uma palavra que me abrisse os olhos, me teria dado o que refletir.

Considerando-me adulto, consciente de minha conduta, abusava das festas e bebedeiras. Minha vida era regada a álcool e sem maturidade me regozijava muito disso. Em uma dessas noites, completamente alcoolizado, tive minha iniciação sexual por estímulo de amigos mais experientes nas noitadas. Com vergonha hoje admito que nem ao menos me recordo do rosto da mulher com quem tive relações, o que dizer de seu nome.

Desperto para a sexualidade, refém dos alcoólicos, fiz de minha vida um antro de perdição. Envolvia-me com tantas mulheres quantas conseguisse, mulheres como eu, reféns da sensualidade e dependentes dos mais diversos químicos.

Concluíra a muito custo a escola, precisava trabalhar, até porque queria dinheiro para gastar com liberdade. Meus pais reprovavam minha conduta apesar de preferirem não a perceber. Fui me tornando a cada dia mais dependente do álcool. Reuniões sociais, festas, somente saciava minha sede com bebidas alcoólicas. Acostumara-me antes a beber do que a comer.

Passei por rápidos empregos onde não conseguia me firmar, mas o dinheiro ganho escoava como água. Atrasava-me, faltava e perturbava sempre os ambientes onde pude encontrar trabalho. Meus pais me toleraram até o instante em que passei a agredi-los, primeiro verbalmente e em seguida extrapolando em agressões físicas. Não havia mais ambiente para mim naquela família, fui despejado, pois me tornara insuportável e perigoso.

Recorri a amigos superficialmente disposto a diminuir meus maus hábitos. Encontrei outro emprego e dividia o aluguel de pequeno apartamento com mais dois jovens.

Certo dia encontrei uma linda moça pela qual me apaixonei. Seria ela o estimulo para minha transformação, alimentando em mim o desejo de mudança. Após alguns meses de romance nos encontrávamos envolvidos afetivamente. Meu desejo de beber era forte, mas sua presença ao meu lado me estimulava a resistir. Encontrei grande alívio nos grupos de apoio a alcoólatras que passei a freqüentar.

Aproximadamente seis meses de namoro haviam me feito um novo homem; envergonhado e sem notícias não havia encontrado coragem para rever minha família, apoiava-me exclusivamente nessa que se fizera minha companheira dedicada.

Fortes complicações orgânicas de um momento para outro passaram a atormentar a saúde daquela em quem me apoiava. Definhava rapidamente para meu total desespero. A vida parecia me cobrar pelos desvios do passado, colhia minha própria inconseqüência. Havia transmitido doença incurável a quem mais amava. Ela haveria de falecer rapidamente carregando em seu ventre nosso primeiro filho com dois meses de desenvolvimento.

Minha vida havia acabado...

O retorno aos vícios foi imediato, afoguei minhas mágoas alcoolizado e sempre acompanhado de mulheres desconhecidas. Passei a viver na rua, bebendo toda a espécie de produtos que contivessem em sua composição alcoólicos.

Nada mais me importava...

Saindo de minhas reflexões, totalmente envolvido por interpretações errôneas das circunstâncias que a vida me apresentara, encaminhei-me decididamente ao fim de minha existência. Nesta mesma noite joguei-me ao chão em estrada movimentada. Desejava por fim a minhas aflições com o fim de minha vida.

Atordoado, despertei contemplando a escuridão. Não pude de imediato compreender o que me ocorria. Em profunda prostração, envolto em negra noite sentia-me sufocar em pequenino recinto. Angustiava-me a impossibilidade de movimentos, não divisava claridade alguma, não conseguia produzir qualquer ruído. Meus pensamentos não me davam trégua, acompanhados de torturantes alfinetadas que pareciam espetar todo meu corpo, produzindo a sensação de pequeninas mordidas desconfortáveis.

Na abafada alcova onde permaneci por longo tempo a rememorar e refletir sobre meu tresloucado ato pude divisar os caminhos tortuosos que abracei elegendo como verdadeiros.

Hoje sei que por misericórdia divina, pela intercessão de devotados amigos fui isentado de maiores aflições quando do momento de transição ao mundo dos espíritos. Por crer no nada após a morte do corpo permaneci inconsciente da verdade que me envolvia até o momento em que despertei vinculado ao meu corpo desintegrado no sepulcro da indigência.

Morrera sem nome, desconhecido para o mundo terrestre. Recolhido na rua fui encaminhado a quadrante triste de um pobre cemitério, sem flores, sem lágrimas e sem amigos, na despedida pude fechar meus olhos durante minha inumação para só então acordar meses depois em completa desilusão.

Minhas dores não haviam desaparecido, minha angústia sequer havia me dado trégua. Dei cabo de minha vida por crer no nada, para esconder-me das dores que me assolavam, principalmente de minha própria consciência esmagada sob o peso do remorso. Se assim não fosse, se não houvesse o nada, quando tirei minha vida asilava minúscula esperança de reencontrar no além aquela em quem aprendera a me apoiar.

Mas devido a avalanche de enganos que fizeram parte do script de minha existência acabei por deserdar das conseqüências merecidas dos atos que cultivei com minha conduta quando ainda estava encarnado. Quando solicitado pela vida a arcar com o que havia cultivado me neguei ao ressarcimento e fugindo encontrei o peso de minhas responsabilidades na continuidade da vida.

Muito chorei, muito sofri, pois em meu revoltado coração não compreendi tamanha desdita em tão curta existência. Acostumado a creditar ao próximo as aflições vividas custei muito a compreender porque me achava ainda preso ao corpo pútrido que me servira de morada.

Da confusão mental passei a revolta praguejando contra Deus, fiz crescer minha aflição. Somente Deus sabe o que passei, por quanto tempo permaneci neste estado de inanição espiritual.

Quando finalmente, cansado e humilhado ante minhas próprias atitudes vim a compreender que colhera até aquele dia em perfeita consonância com o que havia produzido. Provara até ali as conseqüências de minhas atitudes e pensamentos. Não havia a quem creditar culpa que não fosse a mim mesmo. Foi somente ao assumir total responsabilidade por minha conduta, envolto pelo desespero e cansaço extremos que pude divisar mãos caridosas a me desvencilharem do funesto baú de minha agonia.

Novamente pouco vi, e o que vi não possuía capacidade para compreender. Após longos anos de sofrimento que a mim mesmo infligi me permitem relatar minha experiência para que seja proveitosa no esclarecimento para que outros não necessitem passar pelo que passei.

Para minha maior tristeza ainda não sou digno de rever a portadora do amor pelo qual erradamente tirei minha vida. Mas hoje sei que o único responsável sou eu, e que igualmente cabe a mim o trabalho de reconstruir sobre os escombros que fiz surgir em meu próprio coração.

Não posso me despedir sem proferir o apelo aos jovens amantes dos gozos fáceis. Jamais deixem de pensar nas conseqüências de seus próprios atos, o retorno das mesmas pode tardar, mas sempre nos alcançam. Acautelem-se antes para não se arrependerem amargamente como eu mais tarde.

 

Essa mensagem foi ditada em 17 de abril de 2005 por um espírito que se identificou com o nome José.